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Em reunião com prefeitura de Valadares, Sinpro critica volta às aulas

27 de abril de 2021

Nesta terça-feira, 27/04, o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais, Sinpro Minas, participou de uma reunião com a prefeitura de Governador Valadares para tratar do retorno presencial às aulas no sistema híbrido.

Durante a reunião foi exposta a realidade do sistema de saúde municipal: a Onda Roxa chegou ao fim, mas a busca por vagas na UTI continua com fila e a dificuldade para aquisição de insumos tem comprometido o atendimento e até causado o fechamento de leitos. O Ministério Público e a Defensoria Pública também manifestaram preocupação quanto ao momento da pandemia e quanto à indicação de se ‘separar a educação pública e privada’, segundo o próprio secretário de educação, dando a uma prioridade de retorno sobre a outra, o que feriria o princípio constitucional da isonomia.

O Sinpro Minas manifestou sua posição contrária ao retorno presencial neste momento: é contraditório, em pleno pico da pandemia, um retorno precipitado das aulas presenciais, sem a vacinação dos profissionais da educação, sem a construção de protocolos seguros com a participação do sindicato e sem a total segurança para os trabalhadores da educação, estudantes e suas respectivas famílias. É necessário um debate realmente coletivo, com intenções e propósitos reais de ouvir as diferentes perspectivas sobre a temática.

Segundo a dirigente sindical Hélcia Quintão, o Sinpro não enxerga possibilidade de retorno às aulas presenciais sem a vacinação dos professores. “Também achamos um risco o retorno sem nossa participação na construção dos protocolos, além de ser um retorno que potencializa a desigualdade e aumenta a distância entre alunos da rede pública e do setor privado, uma vez que a prefeitura decretará somente o retorno presencial para o setor privado”.

De acordo com a presidenta do Sinpro Minas, Valéria Morato, os/as professores/as têm trabalhado sobrecarregados em regime remoto desde o início da pandemia e há o desejo e a necessidade de retorno presencial pela categoria também, porém com segurança e vacinação, porque o que priorizamos neste momento são as vidas de toda a comunidade escolar. Além disso, a porcentagem da população vacinada ainda é muito pequena e a taxa de transmissão, principalmente pela variante P1, têm aumentado, o que torna perigoso o retorno às aulas presenciais. Isso sem falar na recente pesquisa do MIT que concluiu que o distanciamento não impede a contaminação em locais fechados. “Portanto nosso posicionamento em defesa da vida e da vacinação continuará e tomaremos todas as providências cabíveis para que todos/as trabalhem e estudem com segurança”, concluiu Valéria.

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