A diretoria do Sinpro Minas se reuniu em 10 de novembro para discutir a conjuntura política e econômica do país, as ações da campanha reivindicatória e as comemorações, em 2013, dos 80 anos do Sinpro Minas. O vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) Nivaldo Santana analisou o resultado das eleições municipais e falou dos desafios da agenda sindical. Segundo ele, o resultado das eleições foi bastante positivo e reafirmou as forças que apoiam o governo Dilma. Representou também uma derrota do campo da direita. “A oposição está fragilizada, com muitas dificuldades, mas eles têm um instrumento poderoso, que é a mídia. A elite do país não se conforma em ser governada pelas forças que hoje estão no poder”, afirmou.
Santana disse ainda que o Brasil tem hoje dois “grandes obstáculos prioritários”: o monopólio da comunicação e o sistema financeiro, que domina a política e a economia do país. “Diferentemente do governo Lula, a Dilma está procurando enfrentar o sistema financeiro do país. Não que ela tenha rompido com esses tentáculos poderosos, mas tem tentado construir outra política financeira para o país”, disse o vice-presidente da CTB, que defendeu também a regulamentação da mídia. “É uma grande bandeira democrática, e a luta é fundamental. Mas precisamos também construir uma imprensa alternativa. Aqui nem regulamentamos nem criamos alternativa”.
De acordo com Santana, o movimento sindical precisa retomar a agenda da classe trabalhadora, que tem como meta básica o desenvolvimento com valorização do trabalho e distribuição de renda. “Na pauta mais específica, a redução da jornada, o fim do fator previdenciário e o problema da terceirização são questões fundamentais que precisam ser retomadas pelo movimento sindical”, afirmou Santana, ao defender que as centrais sindicais tenham coesão e encaminhem de forma conjunta as lutas dos trabalhadores.
Campanha reivindicatóriaDurante a reunião, foi realizada assembleia que aprovou a pauta geral da campanha reivindicatória 2013 em todo o estado. A pauta reafirma os direitos previstos nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) e apresenta pontos pendentes, como regulamentação da educação a distância, seguro de vida e equiparação dos pisos da educação infantil aos do ensino fundamental e médio. Na cláusula econômica, a categoria reivindica o INPC acumulado do período mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) e um ganho real de 3%, o que deve chegar a cerca de 12%.
O presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis, ressaltou que a conjuntura econômica do país permite que os donos de escolas atendam as reivindicações da categoria. “O Brasil tem dado respostas positivas ao cenário internacional, por meio de políticas públicas, da intervenção na taxa de câmbio, da redução da taxa de juros, da oferta de crédito, entre outras medidas, e as perspectivas são de crescimento econômico”. Segundo o governo e projeções do mercado, a expectativa de crescimento do PIB brasileiro em 2013 é de mais de 4%. “Todos os indicadores apontam para a expansão da economia, da massa salarial e da geração de empregos, além da consolidação do mercado de trabalho interno”, destacou Gilson Reis.
O presidente do Sinpro Minas também falou da expansão do setor privado de ensino e dos reajustes das mensalidades em valores acima da inflação. “É um setor que cresce ano a ano. Há escolas com quatro ou cinco candidatos por vaga. Além disso, nunca houve tanta transferência de recursos públicos para a iniciativa privada, por meio de programas como o Prouni e o Pronatec”, afirmou Gilson Reis. “Precisamos avançar nas condições de trabalho e salariais dos professores, para que tenhamos uma categoria valorizada e, consequentemente, uma educação de qualidade”, completou o presidente do sindicato.
A pauta será entregue aos sindicatos patronais. Acompanhe as notícias da campanha reivindicatória no site do sindicato: www.sinprominas.org.br.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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