Reitoria quer impor acordo aos professores
Em novembro do ano passado, a Reitoria apresentou uma proposta de Acordo Coletivo de Trabalho que retira diversos direitos dos professores, como a redução no valor do adicional por tempo de serviço e alterações prejudiciais no auxílio carga horária, concedido aos docentes para a realização de mestrado e doutorado. Na assembléia realizada em dezembro, essa proposta foi amplamente rejeitada pelos professores. Em fevereiro deste ano, em outra assembléia, realizada com o objetivo de discutir os rumos da negociação, a Reitoria, numa atitude incompatível com uma instituição de ensino que se diz humanista, espiritualista e socialmente responsável, convocou a sua “tropa de elite” – professores com cargos de confiança – para comparecer e votar a favor da sua proposta, mas essa manobra não deu certo. Nas reuniões de negociação, o que ficou claro é que a direção da PUC Minas quer impor um acordo aos professores. Ao contrário do que foi afirmado em carta enviada aos docentes, o canal do diálogo não está aberto, pois a Reitoria não abre mão da sua proposta. Há um impasse provocado em razão dessa postura intransigente, que não aceita negociar nada. A comissão eleita pela direção da Universidade não apresenta uma contraproposta para flexibilizar a negociação, e, de forma velada e sutil, ameaça retirar mais direitos dos professores. Para piorar a situação, não há transparência nas informações. Para a Adpuc e o Sinpro Minas, as conquistas do atual Acordo fazem parte da história dos professores da PUC Minas, responsáveis por parcela significativa de tudo o que a instituição de ensino representa atualmente. “No atual cenário de crescimento desordenado de instituições privadas de ensino superior, só vão sobreviver aquelas que investirem na qualificação profissional dos docentes, e a proposta da Reitoria caminha em sentido oposto”, afirmou o professor da PUC e vice-presidente do Sinpro Minas, Bruno Burgarelli.As entidades avaliam que a Reitoria deve, sobretudo neste ano, quando se completa o cinqüentenário da Universidade, dar uma lição de amadurecimento e reconhecer o esforço dos professores, mantendo as conquistas importantes para suas condições de trabalho. Em reunião com o reitor da PUC Minas, Dom Joaquim Giovani Mol, feita a convite da diretoria da Adpuc, o Sinpro Minas ressaltou que vai usar todos os instrumentos possíveis para preservar os direitos dos docentes. “Queremos negociar, mas não vamos aceitar a retirada de direitos históricos. Iremos tomar todas as medidas cabíveis para evitar a precarização das condições de trabalho dos professores”, destacou Gilson Reis, presidente do Sinpro Minas.
Melhores condições de trabalho levam à qualidade do ensino.Sinpro Minas na luta constante pelo desenvolvimento da educação.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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