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Entidades condenam tentativa de golpe

14 de março de 2016

 Contee, CNBB, PUC Minas, UNE, Fenaj e outras organizações manifestam
preocupação com o rumo político do país

Por meio de notas públicas, entidades representantivas de diversos segmentos da sociedade civil manifestam preocupação com o cenário político do país. De acordo com as organizações, os recentes episódios da conjuntura atual representam uma grave ameaça à democracia e um ataque ao Estado de Direito e à Constituição brasileira.

Entre as entidades que já se manifestaram publicamente a respeito do assunto estão a Conferência Nacional dos Bispos (CNBB), a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Marcha Mundial das Mulheres, a Associação Brasileira de Psicologia Social (Abrapso), a União de Negros pela Igualdade (Unegro), a Associação de Juízes para a Democracia (AJD), o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), o Movimento dos Sem-Terra (MST), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entre várias outras organizações e atores sociais, como defensores públicos, juristas, promotores, procuradores, professores, sindicatos, partidos políticos, governadores e chefes de Estado.

Em sua nota (clique aqui), a PUC Minas, por exemplo, chama a atenção para os “riscos de uma desestabilização institucional que pode colocar em questão o efetivo estado democrático de direito e o respeito aos poderes constituídos”. A Universidade também alerta para o “perigo de que a midiatização espetacularizada dos fatos mencionados, muitas vezes marcada pela superficialidade e parcialidade, contribua para agudizar polarizações no plano político-partidário”.

Já a Fenaj, que representa os jornalistas brasileiros, condenou de forma enérgica a condução coertitiva do ex-presidente Lula, numa das recentes ações da operação Lava-Jato. “Diante dos acontecimentos do último dia 4 – quando o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva foi vítima de um ato de espetacularização midiática de uma decisão que deveria ter sido judicial, mas não escondeu seu caráter eminentemente político –, a Fenaj novamente afirma que a democracia e os verdadeiros interesses da população brasileira estão ameaçados e que é preciso reagir às tentativas autoritárias de ruptura democrática que, claramente, caracterizam-se como golpe político” (clique aqui para acessá-la).

A entidade também não poupou críticas à atuação da imprensa. “A Federação dos Jornalistas lembra também que grande parte da imprensa brasileira tem abdicado do fazer jornalístico para se comportar como partido de oposição ao governo federal e que, na ânsia de derrotar o partido do governo, tem se colocado a serviço da construção social da aceitação do golpe”. Para o Sinpro Minas, a atual crise política é fruto da ação de forças da direita – contrárias aos interesses dos trabalhadores –, que não aceitam a derrota nas eleições e tentam voltar ao poder por meio de um golpe de estado (clique aqui para ler a nota).

Na quinta-feira, 10, a UFRJ divulgou outra nota sobre a conjuntura política do Brasil e manifestou ‘preocupação com o agravamento da crise política e econômica no país e suas consequências para os direitos civis, políticos e sociais da maioria da população’. Segundo o Conselho Universitário, a ‘inaceitável politização do modo de agir da Polícia Federal e a adoção de práticas autoritárias, verdadeiros atos antidemocráticos de força, como a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, justificada em nome da “ordem pública”, lembram a Lei de Segurança Nacional e aproximam setores do Judiciário das práticas de exceção a serviço de interesses políticos particularistas’ ( Nota pública da UFRJ sobre a conjuntura política do Brasil).

De acordo com a Contee, a condução coertiviva do ex-presidente Lula é uma forma de tentar tirá-lo da cena política, uma “tentativa desesperada daqueles que têm medo do povo e das urnas”. “Não assistiremos inertes a essa ofensiva golpista, fruto de um conluio de setores endinheirados e reacionários com ramificações no Judiciário, na Polícia Federal e no Ministério Público, apoiados e protegidos por uma mídia corporativa a serviço da elite dominante”, destaca a entidade, na nota publicada em sua página na internet.

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