O Sinpro Minas tem recebido apoio público, pelas redes sociais, de instituições e entidades sindicais ligadas à área da educação que consideram fundamental a luta do sindicato em defesa da vida dos/as professores/as neste contexto de pandemia.
O apoio ao Sinpro veio rapidamente em resposta às manifestações contrárias por parte dos donos de escolas ou de alguns/mas poucos/as professores/as, que se sentem pressionados a pedir o imediato retorno das aulas presenciais.
Nesta semana, o Sinpro recebeu duas cartas assinadas por instituições conforme os links abaixo. A presidenta do sindicato, Valéria Morato, agradece todo o apoio recebido e reafirma que “o momento é de união em defesa da vida, por isso o Sinpro tem defendido a inclusão dos professores/as no grupo prioritário das vacinas para que as aulas possam ser retomadas com segurança para todos e todas”.
A diretora do SindRede BH, Vanessa Portugal, afirma que é com grande indignação que a entidade vê a posição dos/as donos/as de escolas particulares. “Com esta postura de querer aula presencial neste momento, eles estão negligenciando com a vida e com a saúde dos estudantes, das suas famílias e dos trabalhadores em educação”, afirma ao destacar que “estamos numa segunda onda da pandemia e circulando uma cepa (variação do vírus) com capacidade de contaminação e transmissão maior do que a anterior. Todas as pesquisas indicam que as crianças e adolescentes, embora possam ter taxa de contágio mais baixa, não é nula. E inúmeras reportagens da grande imprensa demonstram que, além da contaminação, aumentou o número de internação e mortes de crianças e adolescentes. Então, não temos condições de defender a reabertura das escolas. Sabemos que essa é a posição da maioria dos trabalhadores. Escolas fechadas, vidas preservadas. O momento agora é de luta pela vacinação para todos e todas”, acrescenta.
O Sindicato dos professores de universidades federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH) também manifestou sua solidariedade ao Sinpro. A presidenta do Sindicato Docente APUBH, Maria Rosaria Barbato, ressalta sobre o que pode vir a ocorrer caso as escolas reabram. “Ainda nesta semana, em Campinas, escolas particulares que voltaram com aulas presenciais tiveram que fechar novamente as portas por causa da infecção de um grande número de alunos/as e funcionário/as. Em uma delas, a Jaime Kratz, ocorreram 42 novos casos desde a reabertura em 25 de janeiro, com uma professora tendo que ser internada. O momento é de alta da transmissão do vírus. Não podemos colocar o lucro dos donos das escolas como prioridade. Embora entendamos a angústia de pequenas instituições e de trabalhadores que veem seus empregos ameaçados, nos posicionamos, em primeiro lugar, em favor da vida. Não existe risco aceitável quando se trata de vidas humanas”, alerta Maria Rosaria.
O apoio ao Sinpro vem também por parte dos estudantes. De acordo com o presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE/MG), Ramon Almeida, os/as docentes neste país vem sofrendo desde 2016, quando começou uma escalada autoritária, com ataques direcionados aos/às professores/as, com a aprovação de projetos semelhantes ao Escola Sem Partido em várias cidades. A gente tem observado esta realidade. E, agora, com a pandemia, não tem sido diferente. Entendemos que as escolas precisam retornar para não prejudicar o desenvolvimento dos estudantes, mas isso não pode ser critério para colocar a vida de ninguém em risco. Assim também nos preocupamos com o fato dos empregos estarem ameaçados, neste momento. Mas é fundamental compreender e defender que o retorno à sala de aula seja feito somente a partir do momento em que houver vacina para os/as professores/as, que inclusive devem ser colocados/as na lista das prioridades. Só assim poderemos falar em aula presencial com segurança para os/as docentes, os/as trabalhadores/as na educação, seus familiares e todo o corpo estudantil”, afirma.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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