Notícias

Estudantes vão às ruas na terça (18) contra os cortes na educação e a corrupção no governo Bolsonaro

17 de outubro de 2022

Estudantes organizam protestos desde o início do mês, quando governo anunciou cortes no MEC de R$ 2,4 bilhões para desviar ao orçamento secreto. Nesta semana, desvios foram da ciência

Estudantes universitários, do ensino médio e da pós-graduação reafirmaram a agenda em defesa da educação e prometem tomar as ruas nesta terça-feira (18)contra o governo de Jair Bolsonaro (PL). A mobilização é motivada pelos sucessivos cortes orçamentários no Ministério da Eduação (MEC) e no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), que afetam a rede federal com um todo – universidades, institutos de formação profissional e tecnológica e bolsas de pesquisa para estudantes de mestrado e doutorado. E também contra a corrupção no governo, mais visivelmente no MEC.

No início do mês, o governo havia anunciado cortes no MEC da ordem de R$ 2,4 bilhões, com impactos sobre os cofres da rede capazes de inviabilizar o funcionamento de universidades e institutos. Diante da forte repercussão negativa, com anúncio de manifestações estudantis semelhantes ao chamado “Tsunami da Educação“, travado no início do governo de Jair Bolsonaro (PL), houve recuo.

No último dia 7 o ministro da Educação, Victor Godoy, divulgou vídeo anunciando o desbloqueio de recursos para universidades, institutos federais e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Semana que vem e dia 18 continuam como dias de Mobilização! Não dá para acreditar na fala desse governo, até o momento o desbloqueio nas contas não aconteceu e muito menos o decreto oficializando o desbloqueio!”, disse na ocasião a diretora de Relações Institucionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), Thaís Falone.

Estudantes vão às ruas contra Bolsonaro também por cortes na pesquisa

Nesta quinta-feira (13), entidades divulgaram nota conjunta sobre o desvio de R$ 1,2 bilhão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o principal do setor, para pagar despesas de outras pastas do governo federal, deixando importantes programas e projetos do MCTI e agências financiadoras de pesquisa, como a Finep e o CNPq à míngua.

Para isso, o governo Bolsonaro editou três portarias, abrindo espaço no orçamento para os ministérios da Economia, do Desenvolvimento Regional e do Trabalho e Previdência. O governo já havia tentado bloquear os recursos do fundo, como em julho, por meio de um Projeto de Lei do Congresso Nacional 17/22 que abria uma brecha para o bloqueio e a transferência de mais de R$ 2,5 bilhões. Mas na votação do Congresso Nacional o trecho foi rejeitado.

Para a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), “a Ciência e Educação brasileira estão sendo sacrificadas pela determinação do Governo Federal em continuar com o método de destruição do sistema de produção do conhecimento e desenvolvimento científico e tecnológico”

Ontem (13), uma comissão da UNE esteve no campus Santo André da Universidade Federal do ABC (UFABC), onde os estudantes, a exemplo de outras universidades, também estão mobilizados. “Estamos aqui na UFABC (Universidade criada pelo Presidente @lulaoficial) e é lindo ver que os estudantes estão mobilizados para derrotar Bolsonaro inimigo nº 1 da educação. Dia 18 vamos ocupar às ruas de todo Brasil”, disse a presidenta da entidade, Bruna Brelaz.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

COMENTÁRIO

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Categorias

Artigo
Ciência
COVID-19
Cultura
Direitos
Educação
Entrevista
Geral
Mundo
Opinião
Política
Programa Extra-Classe
Publicações
Rádio Sinpro Minas
Saúde
Sinpro em Movimento
Trabalho

Regionais

Barbacena
Betim
Cataguases
Coronel Fabriciano
Divinópolis
Governador Valadares
Montes Claros
Paracatu
Patos de Minas
Poços de Caldas
Ponte Nova
Pouso Alegre
Sete Lagoas
Teófilo Otoni
Uberaba
Uberlândia
Varginha