O Sinpro Minas realizou, na noite da última sexta-feira (21/8), no auditório do sindicato, um evento para marcar os 30 anos da Lei da Anistia no Brasil. Na ocasião, 15 mulheres foram homenageadas, em nome de todas aquelas que lutaram contra a ditadura militar e pela democratização do país. Mais de cem pessoas participaram da atividade.
“Temos aqui mulheres símbolos da resistência a um regime em que a liberdade política estava cassada, e acreditamos que as histórias singulares dessas combatentes precisam ser lembradas sempre, porque elas fazem parte da história do país”, disse a diretora do Sinpro Minas Lavínia Rodrigues.
Segundo ela, a luta da anistia permanece atual, pois a lei equiparou os que lutaram contra o regime militar aos que praticaram atos de tortura. “Precisamos cobrar a punição rigorosa dos torturadores, pois a tortura é um crime imprescritível”, defendeu a diretora. O presidente do sindicato, Gilson Reis, citou o recente golpe militar em Honduras para lembrar que as sociedades não estão livres desse risco. “É preciso que a gente permaneça atentos”, afirmou.
Para a presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Luzia Ferreira, a Lei da Anistia (28 de agosto de 1979) pode ser interpretada como a primeira vitória dos movimentos populares de esquerda contra o regime militar no país. Mas, segundo ela, a democracia brasileira ainda tem déficits, entre eles a baixa participação feminina na política. “Não construímos os mecanismos que pudessem incorporar as mulheres no poder. Esse déficit é uma luta de toda a sociedade, de todos aqueles que continuam lutando para reparar as injustiças”, defendeu a vereadora.
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A diretora do Sinpro Minas Lavínia Rodrigues |
O evento também marcou o lançamento da terceira edição da revista Elas por Elas, publicação do sindicato sobre questões de gênero. A reportagem de capa destaca o Movimento Feminino pela Anistia, que teve um papel fundamental para a formação do cenário político na década de 70, e a atualidade da luta por meio das mobilizações pela abertura dos arquivos, pela busca dos desaparecidos e pela punição dos torturadores. “Essa revista é uma contribuição ao debate de gênero e à luta pela emancipação das mulheres”, argumentou Gilson Reis.
O tema da anistia também foi abordado pelo Extra-Classe – programa de TV do sindicato – desse domingo (23/8), em entrevista com José Luiz Quadros, professor da Puc Minas e da UFMG, doutor em Direito e membro da Sociedade Ciência e Democracia. Assista abaixo ao programa.
A programação de agosto do cineclube Joaquim Pedro de Andrade também é voltada para o assunto. Três obras cinematográficas já foram exibidas neste mês e, nesta terça-feira (25/8), será a vez de “Araguaia, conspiração do silêncio”, às 19 horas. Confira a programação e participe. A entrada é gratuita.
Nos dias 27 e 28 deste mês, os 30 anos de luta pela anistia no país serão discutidos na Assembleia Legislativa, em evento que vai reunir parlamentares, especialistas e familiares dos desaparecidos políticos, entre outros envolvidos no debate (Saiba mais sobre o evento no site da ALMG).
Clique aqui e confira a lista das homenageadas.Leia matéria: Tarso: reconciliação política só vai acontecer quando torturadores forem levados aos tribunais
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
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