O programa Extra-Classe deste domingo, 21 de abril, vai abordar a realidade da violência no campo e os desafios da luta pela terra no Brasil. Um dos conflitos ocorridos em Minas foi o Massacre de Felisburgo, cujo julgamento foi adiado para 15 de maio, em Belo Horizonte. Após oito anos, ninguém foi punido pelo assassinato dos cinco trabalhadores rurais e pelos ferimentos a bala de outras 12 pessoas. Para falar sobre o assunto, a entrevistada de estúdio é Delze Lauriano, advogada e professora de Direito Agrário e Constitucional. A reportagem escutou lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e o Procurador do Ministério Público Federal, Dr. Afonso Henrique de Miranda Teixeira, que acompanha o caso. Esse debate acontece no mês em que o MST promove a Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, com mobilizações em todo o país.Não perca! O Extra-Classe é exibido todos os domingos, às 8h25, na Band Minas. Violência no campoA concentração de terras no Brasil tem sido responsável por inúmeros conflitos e mortes em áreas rurais nos últimos anos. A publicação Conflitos no Campo, editada pela Comissão Pastoral da Terra, apontou o crescimento avassalador do número de pessoas ameaçadas de morte: de 125 pessoas, em 2010, para 347 pessoas em 2011. Um aumento de 177,6%! Já o relatório 2012, a ser lançado no dia 22 de abril, registra 36 assassinatos em conflitos pela terra no último ano. Um número 24% maior que em 2011, quando foram assassinadas 29 pessoas. O ano de 2013 começou com mais violência. Somente até a primeira quinzena de abril, 9 pessoas foram assassinadas em conflitos no campo. ImpunidadeNo dia 20 de novembro de 2012, o Massacre de Felisburgo completou oito anos. Até agora, ninguém foi punido pelo assassinato dos cinco trabalhadores rurais e pelos ferimentos a bala de outras 12 pessoas. Nenhuma das famílias das vítimas foi indenizada e o decreto referente à desapropriação da fazenda Nova Alegria, assinado pelo então presidente Lula, em 2009, ainda não foi cumprido. A área não cumpre a sua função social diante dos crimes ambientais já verificados. O MST faz uma campanha para pressionar pela punição do latifundiário e mandante do crime, Adriano Chafik, e seus pistoleiros. As mobilizações também exigem a desapropriação da área da fazenda Nova Alegria para fins de Reforma Agrária e indenização das famílias vítimas da chacina. O Movimento anunciou que fará uma jornada de lutas no estado de Minas Gerais a partir do dia 15, contra a violência do latifúndio, contra os despejos dos trabalhadores acampados e em defesa da Reforma Agrária.NOTA Movimentos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra Tombaram cinco Sem-Terra… Mas nós seguimos firmes em frente A Justiça Tarda, e se depender do MST não vai falhar O MST depois de mais de 8 anos de impunidade diante do massacre de Felisburgo, vem a público anunciar que oficialmente foi marcado o julgamento do assassino ,mandante e réu confesso Adriano Chafick. O julgamento vai acontecer a partir do dia 15 de maio de 2013, em Belo Horizonte a contra gosto do réu que esperava o júri na comarca de Jequitinhonha onde tem maior poder econômico e político.Ninguém mais do que nós trabalhadores aprendemos o quanto foi e continua sendo sofrida a espera por justiça, pois sabemos que para além de exigirmos justiça pelo brutal e covarde crime que Adriano e seus pistoleiros cometeram, mantê-los soltos significa diretamente uma constante ameaça as nossas vidas, pois esses já provaram que são capazes de promover o inferno na Terra. Assim como se ficarem em liberdade o Latifúndio recebe uma carta branca do Estado Brasileiro para continuar como maquina de morte.Ao longo do último período, fizemos juntamente com o Comitê Justiça para Felisburgo – espaço composto por vários setores da sociedade, diversas movimentações no sentido de acumular forças para fazer uma condenação popular desses assassinos. Denunciamos e recolocamos a nossa pauta no centro do debate em Minas Gerais, agora é chegada a hora de colocarmos em prática nossa determinação e nos organizar para virmos todos e todas para BH nos dias do julgamento e fazer uma grande mobilização popular, trazendo a mística da indignação presente e que ela nos aponte os caminhos da Justiça para Felisburgo, da Justiça Social e da Soberania Popular.A HISTÓRIA SE REPETE, COM TAMANHA INSISTÊNCIA,CHACINA E VIOLÊNCIAÀ JUSTIÇA JULGAR COMPETE.O MANDANTE QUE A COMETE.FRIA E COVARDEMENTE,UM TIPO QUE NÃO É GENTEMAIS PARECE A BESTA-FERATOMBARAM CINCO SEM TERRA,MAS NÓS SEGUIMOS EM FRENTE!
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