Em assembleia nessa quinta-feira (9/9), professores da Faculdade de Arquitetura e Engenharia (FEA) da Universidade Fumec decidiram manter a paralisação das atividades, iniciada na quarta-feira. Nova assembleia será realizada nesta segunda-feira (13/9), às 19h, no auditório da instituição de ensino, para deliberar sobre o rumo do movimento.
Os docentes exigem a reintegração dos professores Eduardo Mesquita, vice-presidente da Fumec, e Luiz de Lacerda Júnior, diretor-geral da FEA, que foram afastados dos cargos pelo Conselho de Curadores da Universidade. Eles também reivindicam a autonomia para administrar os recursos financeiros da Faculdade.
Em comunicado, o presidente da instituição de ensino, Air Rabelo, informa que o Conselho decidiu afastar Lacerda e Mesquita dos respectivos cargos, além de “cassar, temporariamente, os poderes outorgados aos diretores das faculdades, em especial os para admitir, demitir, contratar serviços e assinar contratos, até que se cumpram as medidas administrativas que estão em curso”.
Sem citar nomes, o comunicado também acusa professores e membros da direção da FEA de serem responsáveis por atitudes que estariam gerando instabilidade no ambiente acadêmico.
Na assembleia dessa quarta (foto), que contou com a presença de centenas de estudantes, os professores disseram que as decisões são arbitrárias e ferem a autonomia universitária. “Estamos vivendo um momento de completa arbitrariedade. Essa assembleia é um ato contra a tirania instaurada pelo Conselho. Não aceitaremos tamanha truculência”, disse um docente, durante a assembleia.
Professores e estudantes afirmaram que os afastamentos são uma retaliação pelo fato de diretores da FEA terem feito denúncias de irregularidades na Universidade. Em nota, o movimento Salve a Fumec (www.salveafumec.com.br) – composto por funcionários, docentes e alunos – critica a criação, pelo Conselho, das comissões de sindicância para apurar as ações dos diretores das faculdades e defende a instituição de uma auditoria externa independente.
Segundo o movimento, o objetivo dessas comissões é “tentar minimizar junto ao Ministério Público e à comunidade acadêmica o peso das denúncias sistemáticas feitas por representantes da FEA no Conselho de Curadores e no Conselho Fiscal de irregularidades na Fumec”.
Nas assembleias da categoria, o Sinpro Minas tem defendido a democracia na Universidade e a participação de toda a comunidade acadêmica nas decisões que envolvem a instituição de ensino. Para o sindicato, todos os atos administrativos devem ter como norte a transparência, a qualidade do ensino, o respeito aos direitos dos docentes e a manutenção do ambiente acadêmico saudável.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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