Com o objetivo de radicalizar o movimento grevista deflagrado no dia 28 de agosto, os professores da rede estadual de ensino se reuniram em assembléia no dia 16 de setembro, na Praça da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. “Nós decidimos por ampliar e radicalizar o movimento grevista, já que o governo continua intransigente nas negociações, ao alegar que o piso definido por lei, R$ 950,00, é inconstitucional”, afirmou Nalbar Alves Rocha, professora da rede estadual e diretora do Sinpro Minas. De acordo com a coordenação da greve, o governo estadual não está disposto a negociar de forma justa com a categoria. O movimento em defesa do Piso Salarial Nacional está ganhando força em todo o país. Segundo informações da coordenação nacional, houve paralisações parciais ou integrais no dia 16 em pelo menos 11 estados brasileiros. O texto da lei que estabelece o novo piso prevê a sua implementação gradual a partir de janeiro de 2009. O principal questionamento dos estados é com relação a um artigo que aumenta de 20% para 33% a carga horária de atividades extraclasse dos professores, o que exigirá a contratação de novos profissionais para atuar em sala de aula. Três governos estaduais se mobilizaram para derrubar a lei: Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Conforme informações fornecidas pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação – Sind- Ute/MG, na última semana, a agenda de mobilizações da categoria contou com a realização de atos públicos em todo o Estado. Os manifestantes dialogaram com a sociedade sobre os motivos da greve por tempo indeterminado, expondo a realidade da educação em Minas e denunciando os ataques, perseguições e a forma ditatorial com a qual o governo vem tratando os trabalhadores em educação. No último domingo (14/9), o programa Extra-Classe, realizado pelo Sinpro Minas, trouxe à tona um pouco da realidade da Educação Púbica em Minas Gerais. Antônio Braz, diretor do Sind-Ute, foi o entrevistado principal do programa. Ele abordou as reivindicações dos professores grevistas, a falta de infra-estrutura das escolas e a necessidade de mais investimentos no setor. De acordo a diretora do Sinpro Minas, Nardeli da Conceição Silva, a luta do Sinpro Minas é por uma educação de qualidade em todos os níveis, inclusive na rede pública. “Fico feliz ao ver que o Sinpro se preocupa e abre espaço em seu programa de TV para a discussão sobre a educação em nosso estado. Desta forma, superamos a lógica da mídia comercial, que não fez a cobertura da greve e não costuma dar voz à luta dos professores”, destaca.Luta pelo Piso“Essa mobilização acontece, principalmente, por conta da campanha de alguns governadores contra a implementação do piso, com alegações incabíveis, dizendo que os estados irão à falência [com o pagamento dos salários], o que não é verdade”, defende Roberto Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Até o final do ano, sempre no dia 16, serão realizados atos públicos, assembléias, mobilizações e paralisações em defesa do piso”, completa.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
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