Em uma atitude de desrespeito aos professores e alunos, a Universidade Vale do Rio Verde (Unincor) insiste em não apresentar proposta de pagamento dos salários em atraso, relativos ao mês de dezembro de 2008 e janeiro de 2009. Nos meses de fevereiro e março, os pagamentos foram irregulares, sem datas definidas, impossibilitando o planejamento financeiro dos docentes. Apesar da divulgação de informações pela secretaria da universidade sobre o início da quitação, os professores ainda não receberam os valores pendentes e obtiveram apenas 20% dos vencimentos relativos ao mês de abril. Por isso, os docentes decidiram, na assembleia do dia 21/5, manter a greve até que a situação seja resolvida.
Legitimamente, os professores dos campi Belo Horizonte, Betim e Ibirité decidiram entrar em greve há mais de duas semanas (4 de maio), para pressionar pela resolução das pendências. Mesmo com a suspensão das aulas, a direção da entidade se recusa a negociar com o Sindicato dos Professores (Sinpro Minas) uma solução para o pagamento dos salários. Também não foi dado qualquer retorno sobre a reivindicação de democratização da instituição, que não envolve recursos financeiros.
Nas últimas assembleias, os professores elencaram uma série de exigências para que as aulas voltem à normalidade, entre elas que seja feita uma proposta de pagamento do passivo trabalhista e também de multa de 10% sobre atrasos salariais. E ainda, a imediata retificação do comprovante anual de renda, pois o mesmo traz valores que não são devidos, já que a instituição não cumpriu com os pagamentos integrais descritos neste documento.
Além disso, foi solicitado o compromisso de democratizar a administração, possibilitando a eleição de coordenadores e, principalmente, do cargo de direção; a garantia de criação de associação de professores com estabilidade de emprego, fato que até hoje não aprovaram na prática; assinatura de acordos formais com o Sindicato dos Professores (Sinpro Minas e com o Sindicato dos Auxiliares na Administração Escolar (Saae/MG).
Também foi exigida a assinatura de acordo garantindo o fim das demissões por participação em movimento de greve e estabilidade durante e após o período de democratização da instituição por prazo a ser combinado em assembléia; imediata verificação dos casos de nepotismo que vem acontecendo no Campus Betim; eleição imediata dos cargos de coordenadores e diretores e normalização dos critérios utilizados para a demissão e admissão; retratação em relação ao grupo de funcionários que participaram da greve e foram demitidos sem justificativa.
Diante da publicação de um edital para o próximo vestibular constando a abertura de vagas apenas para os cursos tecnólogos em Betim e medicina em Belo Horizonte, fato que não se justifica, conforme informaram os professores, pois os cursos de Administração, Educação física e enfermagem são cursos com grande número de alunos, podendo implicar em demissões de professores, os docentes clamam pela retificação do edital.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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