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Maioria dos trabalhadores teve ganhos acima da inflação no primeiro semestre, diz Dieese

13 de agosto de 2009

Os reflexos da crise financeira internacional, que se agravou em setembro do ano passado, não chegaram a afetar as negociações salariais da maioria dos trabalhadores com data-base no primeiro semestre deste ano. É o que mostra o estudo Balanço das Negociações dos Reajustes Salariais no Primeiro Semestre de 2009, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base no Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS) da entidade.

O levantamento, feito com 245 categorias profissionais com base em acordos e convenções coletivas de trabalho, indica que 93% das correções igualaram-se ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou ficaram acima dele. O percentual foi superior ao de 2008 (87%). No conjunto analisado, 77% das negociações resultaram em ganhos maiores do que o INPC-IBGE contra 72% no ano passado.

As correções feitas apenas a título de reposição inflacionária foram dadas a 15,9% das categorias ante 14,7%, no ano passado.

Apenas 7,3% de um total de 18 categorias mantiveram-se com salários abaixo do INPC-IBGE. Ainda assim, o quadro indica melhora nas condições, porque, em 2008, eram 13,1%, atingindo 32 categorias.

A situação mais desfavorável foi constatada na indústria, área mais afetada pela crise financeira internacional. Nesse caso, aumentou a parcela de trabalhadores com reajustes salariais abaixo da inflação, passando de 6,2% para 9,3%. A maioria de um total de 98 segmentos da indústria (58,2%) obteve ganhos ligeiramente acima, ficando entre 0,01% e 1%, seguida dos que conquistaram reajustes em níveis entre 1,01% e 2%, caso de 19,4% dos empregados do setor. Apenas 1% conseguiu se situar em índices superiores a 5%.

No comércio, o estudo verificou que em 31 documentos firmados por entidades sindicais representativas dos trabalhadores apenas um mostra que eles não conseguiram repor as perdas inflacionárias em relação ao ano passado. Praticamente a metade dos sindicatos (14) convenceu os empresários a corrigir os vencimentos em níveis que oscilam entre 0,01% e 1%, uma condição igual à do ano anterior.

A mudança mais significativa ocorreu no setor de serviços, com 72% das negociações realizadas por 116 sindicatos resultando em incorporação de aumentos reais. A maioria, no entanto, ainda se manteve na faixa até 1%.

Fonte: Agência Brasil

 

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