Em Belo Horizonte, sindicalistas de todo o país fundaram, durante congresso, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
O auditório do Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte, ficou pequeno nessa quarta-feira (12). Cerca de 1,5 mil pessoas, entre dirigentes sindicais de todo o país, parlamentares, convidados e representantes de organizações de trabalhadores do campo e da cidade lotaram o local e assistiram à fundação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Foi Wagner Gomes, presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, quem fez o anúncio, às 20h34: “Nasce na cidade de Belo Horizonte a CTB”, dando início ao congresso de fundação da mais nova central sindical brasileira.
Wagner ressaltou os princípios da entidade, como a autonomia a governos, a luta por um projeto de desenvolvimento nacional com distribuição de renda e a defesa do sindicalismo classista, democrático e plural. “Se não formos plurais, já assinamos nossa sentença de morte”, frisou o sindicalista, ressaltando que a CTB reúne representantes de diversas correntes e partidos políticos distintos, além de lideranças independentes.
“Fui um dos primeiros a defender a participação da CTB na Marcha das Centrais a Brasília, no começo do mês, mesmo antes deste congresso de fundação”, afirmou o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), presidente da Força Sindical. Ele também lembrou o momento oportuno em que surge a CTB, quase simultaneamente à legalização das centrais.
Presente ao ato político de abertura, o ministro do Esporte, Orlando Silva, destacou a ousadia dos sindicalistas que forjam a nova entidade, pautada pelo sindicalismo classista, democrático e plural. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma mensagem de saudação à CTB e desejou “boa sorte” à iniciativa.
Sindicalismo classista
“Temos muito para mostrar após a fundação da CTB: um sindicalismo classista, democrático, que construa, de fato, uma aliança entre os trabalhadores do campo e da cidade. Esse é o nosso objetivo”, ressaltou Pascoal Carneiro, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia. Entre as bandeiras da nova central, Pascoal destacou a luta em torno da unicidade sindical, para não dividir os trabalhadores. “Essa é uma bandeira que vamos defender o tempo todo”, afirmou.
Já o coordenador nacional da Corrente Sindical Classista, João Batista Lemos, disse que o congresso representa um importante passo na história do sindicalismo brasileiro. “Estamos aqui organizando uma central para lutar e unificar os trabalhadores de todo o país. Vamos jogar um papel protagonista no processo de transformação social do Brasil, e a CTB será um instrumento disso, de unificação da classe para a sua emancipação.”
Várias forças
Diversas entidades e partidos políticos também prestigiam o congresso, através de seus dirigentes nacionais. É o caso do PSB, PDT, PCdoB, UNE, MST, Contee, Fitee, Contag, Conam, Unegro, UBM, Força Sindical, UGT, CGTB, Nova Central, além de diversas federações de trabalhadores e a Confederação dos Marítimos. O congresso conta, ainda, com representantes de centrais sindicais de 20 países, como Cuba, Argentina, Espanha, França, Argélia, Índia e Síria, que prestaram homenagem à CTB. Falando em nome da delegação internacional, o sírio Abid Miro, presidente da Federação Sindical Mundial, arrancou aplausos ao vislumbrar que a CTB tem condições de se tornar a “grande central brasileira”.
O congresso de fundação vai até sexta-feira (14), quando os delegados votam o plano de lutas da nova entidade e elegem a direção da central. Wagner Gomes deve ser eleito o primeiro presidente. Nesta quinta, os delegados debatem e votam Carta de Princípios, bem como os estatutos da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.
Com André Cintra, do Vermelho
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