A proposta de 4% de reajuste sugerida pelo desembargador do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) na última mediação não foi aprovada pelos representantes e donos de escolas. O patronal mantém a proposta original de 3,4%, se negando em oferecer míseros 0,6% a mais de reajuste para os professores e professoras.
A decisão foi transmitida ao Sinpro Minas em reunião, na sede do Sinepe MG, nesta terça-feira (4), momento em que o Sinpro foi tratado com imenso desrespeito, de maneira reincidente, por um dos representantes do Ensino Superior.
Durante a reunião, ficou muito clara a pressão do Ensino Superior para que o aumento do percentual de reajuste de 3,4% para 4% não fosse aceito. É justamente nesse extrato que se concentram os grandes grupos empresariais de capital aberto, que visam acima de tudo o lucro e a valorização de suas ações nas bolsas de valores.
É também o Ensino Superior que concentra os melhores desempenhos financeiros no setor de Educação. Um exemplo é o Grupo Ânima, que reportou um lucro líquido ajustado de R$ 104,7 milhões no primeiro trimestre de 2024, melhor resultado já obtido pela empresa em um primeiro trimestre.
É bom que as empresas cresçam e deem lucro. Mas é importante que não se esqueçam que foi com o trabalho dos professores e professoras que esse resultado foi possível. Afinal, não há educação e escola sem professor!
Próximos passos
Agora, os dois sindicatos devem apresentar ao TRT as decisões de suas categorias quanto à proposta apresentada. A próxima mediação está marcada para o dia 18 de junho, e a nossa assembleia para o dia 19, às 18 horas, no Sinpro Minas.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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3 respostas
Boa noite.
Já que não querem ceder no percentual, porque o simpro não aceita o percentual e em contrapartida pede que as perdas do quinquênio que tivemos ano passado sejam anuladas? Pois foi desta forma no ano passado que eles retiraram parte do percentual do quinquênio. Jogar o mesmo jogo deles!!!
Olá, Renato. Infelizmente eles não aceitam isso. Para conseguirmos algo do tipo, seria necessário um movimento grevista. Infelizmente jogamos o jogo de forma desigual.
A cada ano que passa, mais direitos são perdidos e nenhum novo direito é “ganho”. O foco fica praticamente no percentual de reajuste e os demais direitos ficam como secundários. Devemos dar mais atenção aos outros direitos, pois os considero de significativa importância.