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Manifesto de apoio da diretoria do Sinpro Minas à reeleição da presidenta Dilma Rousseff

16 de outubro de 2014

Por que votamos Dilma Rousseff em 2014

Manifesto de apoio da diretoria do Sinpro Minas à reeleição da presidenta

Nós, professores da rede privada de ensino de Minas Gerais e diretores do Sinpro Minas, manifestamos nosso apoio à reeleição da candidata Dilma Rousseff para o cargo de Presidente da República nesta disputa eleitoral de 2014. Como trabalhadores e educadores, e diante da conjuntura atual, acreditamos ser fundamental externar nossa opinião para a sociedade, como forma de contribuir para o debate de ideias.  Nos últimos 12 anos, o país experimentou uma série de ações de inequívoco alcance social e econômico, que resultaram em melhoria das condições de vida da população, especialmente os mais pobres, e ampliação da cidadania.

O salário mínimo, por exemplo, passou por progressiva recomposição – um crescimento real (já descontada a inflação) de 72,31% –, o que contribuiu sobremaneira para reduzir a pobreza, elevar a massa salarial do conjunto da classe trabalhadora e aquecer o mercado interno. Não é por menos que o Brasil possui hoje uma das menores taxas de desemprego de sua história, mesmo diante da crise internacional. 

No campo da Educação, em que atuamos, ações implementadas desde o governo Lula, e que tiveram continuidade com Dilma na Presidência, caminharam no sentido de reconhecer a importância estratégica do setor para o desenvolvimento social, cultural e econômico do país.

Entre elas, podemos citar a criação e expansão de universidades e de escolas técnicas, o investimento na internacionalização de docentes e discentes, a aprovação dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor, a abertura de concursos públicos e a ampliação do investimento público na área, a aprovação do piso nacional do magistério, além de programas como o Prouni, o Fies e o Pronatec, que garantem milhões de vagas em escolas privadas, nas quais trabalhamos como professores, e que estão em risco em uma eventual vitória do candidato tucano.   

Graças ao Prouni, por exemplo, 1,4 milhão de jovens já conquistaram bolsas em instituições particulares de ensino, em cursos inclusive de grande concorrência, como Medicina, Engenharia e Direito. Em três anos, o número de alunos com apoio do Fies aumentou mais de dez vezes e, em 2013, chegou a 1,6 milhão. No total, cerca de 40% dos estudantes do ensino superior privado são beneficiados por meio desses dois programas. O mais recente deles, o Pronatec, criado em 2011 e voltado para o ensino técnico e profissionalizante, já conta com mais de 7,6 milhões de matrículas em mais de 4 mil municípios.

Dessa forma, se consideramos a proposta tucana de promover um choque fiscal, diminuir a atuação dos bancos públicos e mudar o regime de exploração do pré-sal, o que resultaria em menos recursos para a União (e mais para as empresas estrangeiras que atuam no setor), tais programas correm sérios riscos de serem enfraquecidos ou mesmo extintos.   Uma possível chegada de Aécio Neves ao cargo máximo do país representa o retorno das políticas neoliberais. Sob o viés do estado mínimo, os tucanos promovem a restrição de direitos sociais e trabalhistas, a entrega do patrimônio público, o arrocho salarial, entre outras medidas cujos desdobramentos na educação, na economia e no cotidiano dos trabalhadores já são conhecidos e extremamente prejudiciais.

Vale lembrar que, ao contrário do que tenta mostrar a propaganda do candidato Aécio, a educação em Minas não recebeu a devida atenção, e os professores da rede pública ainda não recebem o piso nacional do magistério. O tão alardeado “choque de gestão” promoveu a intensificação do trabalho docente, que já se encontra em condições precárias e desfavoráveis para o exercício pleno da profissão.

Não há dúvidas de que o país ainda enfrenta grandes problemas e que é preciso avançar mais, mas não podemos deixar que o desejo de mudanças resulte em grave retrocesso. Dois projetos totalmente distintos estão sim em disputa, por mais que forças conservadoras tentem ofuscar a existência deles. De um lado, temos a possibilidade de ampliação dos avanços conquistados nos últimos anos com a reeleição de Dilma Rousseff. De outro, o retorno ao passado representado na candidatura de Aécio Neves.

Por essas e outras razões, reiteramos nosso apoio à candidata Dilma Roussef, certos de que o Brasil não pode implementar as políticas que os mineiros recusaram. 

Diretoria do Sindicato dos Professores de Minas Gerais – Sinpro Minas

Belo Horizonte, 15 de outubro de 2014

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