“O parto é da mulher – movimentos denunciam a violência e propõe mudanças para promover o parto ativo e humanizado”, matéria da jornalista Maria Cecília Alvim Guimarães, publicada em 2013 na revista Elas por Elas do Sinpro Minas, recebeu uma menção honrosa no Prêmio Nacional de Jornalismo sobre Violência de Gênero. O prêmio promovido pela Casa da Mulher Catarina e pela Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, de Santa Catarina, contou com o apoio da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres da Presidência da República. A premiação aconteceu no dia 16 de maio, em Florianópolis, juntamente com a abertura do Seminário Internacional sobre Mídia e Violência de Gênero. As reportagens que abordam o tema violência de gênero concorreram em quatro categorias: jornalismo impresso, rádio, TV e outras mídias, além de homenagear também outras. Foram inscritas 82 reportagens e 15 foram selecionadas entre os primeiros lugares de cada categoria, que receberam R$ 5.000, e as menções honrosas.“Fico muito feliz com o reconhecimento desse trabalho que repercutiu na minha vida pessoal. O propósito da reportagem foi evidenciar um tipo de violência contra a mulher muito comum na atualidade, mas ainda pouco conhecida e combatida, a violência obstétrica. Com isso, colaborar com a conscientização das mulheres sobre o problema, a fim de que se tornem protagonistas de suas experiências de parto e assim, contribuir também com a perspectiva de que é possível evitar condutas inadequadas na assistência ao parto”, explica Cecília Alvim. Após escrever a reportagem, a jornalista passou pela experiência do parto natural. O prêmio faz parte da Campanha “Jornalistas dão um ponto final na violência contra mulheres e meninas”, desenvolvida em outros países da América Latina e Caribe, incluindo o Brasil. De acordo com Clair Castilhos, secretária executiva da Rede Feminista de Saúde, a proposta da campanha é contribuir para que jornalistas possam olhar para o tema da violência de gênero com sensibilidade. “O objetivo da campanha é dialogar com jornalistas, de maneira que o tema não seja somente pautado nos meios de comunicação, mas que quando tratado, considere as relações de gênero, os aspectos culturais que estão ligados a todos os atos de violência contra meninas e mulheres”, destaca.Seminário Internacional O Seminário Internacional sobre Mídia e Violência de Gênero, realizado nos dias 16 e 17 de maio, iniciou com a palestra “Panorama geral da violência de gênero na América Latina, Caribe e no Brasil” trouxe Sandra Castañeda, secretária executiva da Red de Salud de las Mujeres Lationamericanas y Del Caribe, que apresentou um raio-x da situação latino-americana da violência contra mulheres e meninas, assim como apontou caminhos para o enfrentamento da situação.Na mesma palestra, Isabel Villar, jornalista e editora do La República de las Mujeres, suplemento Del Diario La República, tratou da relação entre mídia e violência de gênero na América Latina e Caribe, dando um panorama sobre a atuação de jornalistas para o enfrentamento da violência e perspectivas. Daniela Luciana da Silva, da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres da Presidência da República também tratou do tema, com foco no cenário brasileiro.A manhã do dia 17 de maio foi de reflexão sobre feminismo, mídia e violência de gênero, com atenção para os desafios e perspectivas contemporâneas. A mesa de debates foi composta pelas professoras Carmen Rosa Caldas, da Universidade Federal de Santa Catarina, que tratou da linguagem inclusiva de gênero e a formação de discursos sociais que se consolidam com a atuação dos meios de comunicação. Também participou da mesa a professora da Udesc, Marlene de Fáveri, que apresentou uma pesquisa sobre meios de comunicação e a constituição de estereótipos sobre a mulher.Carmen Caldas trouxe para a discussão a construção do texto e suas entrelinhas, reforçando o poder simbólico das palavras e como o seu uso promove a formação de ideias sobre determinados temas. “Quando escolhemos as palavras, constituímos conceitos sobre determinados temas e determinados atores. O jornalismo, pela sua capacidade de diálogo com a sociedade, pode consolidar ideias ou transformá-las”.À tarde, a mesa “jornalismo e violência de gênero: entre a denúncia e a vivência” contou com a participação da jornalista e professora da UnB Isabel Clavelin, que apresentou sua pesquisa acerca de experiências de jornalistas que cobrem pautas de risco.A mesa foi composta também pelo conjunto de jornalistas que receberam o prêmio e contaram a experiência profissional e o processo de produção das reportagens premiadas, além disso, houve a participação da presidenta do Comitê Gestor da Campanha, a jornalista Vera Daisy Barcellos, a presidenta do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas, Valdice Gomes da Silva e do presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Milton Simas Júnior.Confira os nomes de todos os vencedores do Prêmio Nacional de Jornalismo sobre Violência de Gênero:RádioTráfico de Mulheres na Região da Amazônia – AMJornalista responsável: Gecilene de Aguiar SallesTelevisão:Pedofilia em Coari (AM) – RJJornalista responsável: Monica Teixeira MarquesMídia Impressa:Órfãos da Violência Doméstica – RSJornalista responsável: Kamila Silva de AlmeidaOutras mídiasO Inferno das Mulheres – DFJornalista responsável: Ricardo Moraes Westin PimentaMenções honrosasRádioPele Escura, Morte Invisível, a Violência contra a Juventude Negra – MGJornalista responsável: Vanessa de Souza SilvaViolência contra a Mulher: muito mais do que um caso de polícia – SCJornalista responsável: Marcos Andrei Meller* Homenagem Especial- Série Viva Maria: Programa Pioneiro nas Discussões de Gênero no Rádio BrasileiroJornalista responsável: Mara Régia Di PernaTelevisão- A Violência que não é Física – Mulheres Vítimas de Estelionato e Outros Tipos de Violência não Reconhecem o Problema e Demoram a Procurar Ajuda – RSJornalista responsável: Cristine Ribeiro Gallisa- A Hora da Chegada – DFJornalista responsável: Marieta Cunha CazarréMídia impressa- Mães de Noronha – PEJornalista responsável: Anamaria Melo do Nascimento- Prova de Resistência – DFJornalista responsável: Gláucia Cristina Oliveira Chaves- Mulheres Marcadas para Morrer – PAJornalista responsável: Ismael Soares Machado- Mulheres sob Ataque – ROJornalista responsável: Andréa Santos MachadoOutras mídias- Assédio na Rua: ‘mimimi’ de Rede Social ou Violência contra a Mulher? – MGJornalistas responsáveis: Letícia Orlandi e Valéria Mendes– O Parto é da Mulher – Movimentos Denunciam a Violência e Propõe Mudanças para Promover o Parto Ativo e Humanizado – MGJornalista responsável: Maria Cecília Alvim GuimarãesCom informações da Rede Nacional Feminista de Saúde
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O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
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