O Brasil foi às ruas ontem, dia 30 de maio, no segundo ato em duas semanas contra o corte de verbas na educação e a reforma da Previdência.
Milhões de estudantes, professores, trabalhadores e representantes de movimentos sociais e entidades sindicais lotaram as vias públicas do país com faixas, cartazes, carros de som e muita disposição para lutar por mais investimentos no sistema educacional e contra o desmonte da Previdência pública.
Em todos os estados brasileiros, os atos terminaram com um chamado para a greve geral contra a reforma da Previdência e a retirada de direitos, no dia 14 de junho. Em Belo Horizonte, o protesto reuniu mais de 250 mil pessoas. A concentração começou na Praça Afonso Arinos, no Centro da capital, e seguiu em direção à Praça da Estação.
A manifestação em São Paulo (SP) reuniu cerca de 300 mil pessoas. O ato começou no largo da Batata, na zona Oeste da capital, e seguiu em marcha até o Museu de Arte de São Paulo (MASP), no Centro. No Rio de Janeiro, foram mais de 100 mil pessoas. O ato seguiu na região central da cidade, pela avenida Rio Branco, em direção à Cinelândia.
“Brincaram com o formigueiro, deu nisso!”, afirmou nas redes sociais o cientista Miguel Nicolelis. “Nossa mobilização segue contra os cortes no orçamento da educação e os ataques à autonomia das universidades. A resposta dos estudantes à falta do diálogo do governo e à forma como trata a educação e a pesquisa está nesse grande movimento nas ruas”, avalia Marianna Dias, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Segundo o coordenador-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Gilson Reis, as manifestações representam um momento de força e energia dos estudantes e trabalhadores. “Ressalto a alegria estampada no rosto das pessoas, como se voltasse a alegria de lutar, a alegria de viver, a alegria de resistir, a alegria de ver o outro do seu lado, aquele ‘vamos dar as mãos’”, observou. “Foi um dia radiante, um dia inesquecível, um dia para a gente dizer que é possível e necessário continuar na luta com e pelo nosso povo, resistindo a essa selvageria que é o governo Bolsonaro e construindo uma sociedade muito mais forte, com capacidade de reivindicar e defender seus direitos e sua dignidade.”
Greve geral em 14 de junho
Para a presidenta do Sinpro Minas, Valéria Morato, o segundo ato superou as expectativas dos organizadores e foi mais uma demonstração de que a sociedade não aceitará retrocessos. “Em 15 dias, lotamos as ruas e praças do país duas vezes. Agora vamos concentrar nossos esforços para ampliar o chamado para a greve geral, em 14 de junho, quando iremos deixá-las vazias, assim como fizemos em 2017. Temos certeza de que haverá uma adesão em massa dos trabalhadores, vamos parar o Brasil novamente”, destacou a presidenta do Sinpro Minas, Valéria Morato.
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Fotos: Mídia Ninja
Com informações da Contee
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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