Membros do Ministério Público Estadual (MPE) irão se reunir hoje com os membros do conselho curador da Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec) para tentar solucionar o impasse na instituição e na Universidade Fumec. Há uma semana, os alunos dos cursos de engenharia, arquitetura e design realizam uma paralisação em apoio ao diretor da Faculdade de Engenharia e Arquitetura (Fea), afastado pelo conselho.
Os estudantes também organizaram um abaixo-assinado, com 4.220 assinaturas, com o pedido de uma auditoria externa de gestão em todas as unidades da universidade, reitoria e fundação. O documento foi entregue na tarde de ontem à curadoria de fundações do Ministério Público Estadual.
Eduardo Zenetti, presidente do diretório acadêmico do curso de comunicação social, afirma que a principal reivindicação dos estudantes é por mais transparência na gestão da fundação. “Há muitas perguntas que ainda não foram respondidas pela Fumec. Por isso estamos pedindo uma auditoria externa”, justifica o estudante.
Reintegração. Paralelamente à negociação intermediada pelo MPE, o professor Luiz de Lacerda Júnior busca, na Justiça do Trabalho, sua reintegração ao cargo de diretor da Fea.
“Foi proposta uma ação considerando a ilegalidade do afastamento do diretor. A audiência está marcada para a próxima quinta-feira e a Fumec já foi citada para apresentar defesa e comparecer a audiência”, explica Gustavo Soares, advogado do escritório Décio Freire, contratado para defender o professor.
Histórico. Os representantes da Fea no conselho curador da Fumec, Eduardo Georges Mesquita e Estevam Quintino Gomes, alegam que foram afastados após pedirem uma auditoria externa para a apuração das irregularidades na gestão da Fumec.
Em nota, a fundação alega que “há um movimento ilegal de paralisação, pois não houve nenhum aviso à direção da Fumec sobre a interrupção das atividades”.
A direção da universidade informou que “está tomando as providências cabíveis para que as atividades normais da Fea sejam retomadas o mais breve possível”.
Paralisação divide opiniões entre alunos
A paralisação das aulas está dividindo a opinião dos estudantes. Thaís Assis, aluna do curso de arquitetura, é contra o movimento. “Eu não apoio porque está prejudicando muito a gente. A Fumec tem que tomar uma providencia rápida sem prejudicar os alunos. Pago R$ 1.056 para não ter aula”.
Já a estudante de design Angélica Brasil apoia a paralisação. “Acho válida. É a única forma de fazer o Ministério Público intervir. Não adianta retomar as aulas sem ter isso resolvido”, disse. (ACB)
MinientrevistaApostamos no bom sensoQual o objetivo da reunião com o conselho de curadores da Fumec? A intenção é reunir todos os membros do conselho e analisar o que está acontecendo. Vamos tentar resolver por meio de um acordo interno. Precisamos sentar e encontrar uma solução, pois os alunos estão sem aula há uma semana.
Como a senhora avalia a suspensão de conselheiros às vésperas do rodízio na presidência da entidade? Acreditamos que esse impasse só vai ser resolvido com uma reestruturação da fundação e uma mudança estatutária que evite novos episódios como esse.
O MPE pode apoiar uma auditoria externa? Vamos tratar também desse assunto na reunião e tentar compor todas essas questões num grande acordo. É possível chegar a um consenso em relação a auditoria externa. Acreditamos na capacidade de conciliação das partes.
O Tempo – Publicado em 17/09/10
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
plantaojuridico@sinprominas.org.br
RUA JAIME GOMES, 198 – FLORESTA – BELO HORIZONTE/MG – CEP 31015-240
(31) 3115.3000 | SINPROMINAS@SINPROMINAS.ORG.BR
COPYRIGHT © 2022 SINPRO MINAS – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.