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Ministro da Educação debocha de queimadas na Amazônia

27 de setembro de 2019

O ministro retoma o caso de um protesto contra as queimadas na região, feito por uma jovem, que acabou virando meme e viralizando na internet. Para marcar sua posição no tema, uma maquiadora e youtuber publicou fotos em que aparece com o rosto e o colo pintados, em referência à floresta em chamas. A questão é que a pintura mostrava girafas entre os animais, espécie não encontrada na Amazônia.

À época, a jovem disse que os desenhos dos animais foram feitos aleatoriamente, e não tinham o objetivo de representar literalmente a fauna da Amazônia.

Voltando à postura de Weintraub, marcada por ironias e cinismos, o ministro parece fazer a linha dos que acreditam que a Amazônia permanece intacta e que os incêndios na região são decorrentes do clima seco e de atitudes criminosas, exatamente o que proferiu o presidente Jair Bolsonaro diante o mundo, na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Após o discurso, ambientalistas e entidades ambientais criticaram a postura do atual governo, que baseou o discurso em farsas. À reportagem do O Globo, o cientista Paulo Moutinho, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, declarou: “Se a Amazônia não está sendo devastada, o grupo de 10, 12 satélites ao redor do planeta está tirando fotografias de um outro planeta que não é o nosso”, ironizou. “Foi impressionante insistir que os incêndios na Amazônia estão sendo causados de maneira espontânea. Vários estudos e dados do governo já dizem que estão relacionados ao desmatamento, e Bolsonaro perdeu a oportunidade de reconhecer isso. O próprio ministro do Meio Ambiente já reconheceu que há avanço do desmatamento”.

Ele também descartou a possibilidade de as queimadas na Amazônia serem espontâneas e ocasionadas pelo tempo seco. “É raríssimo o fogo ter origem numa descarga elétrica, ao contrário do que ocorre no Cerrado. Na Amazônia, 100% desses incêndios são provocados pela espécie humana, e, neste ano, cresceram bastante em relação ao ano passado”, afirmou. “Outra coisa: os ventos são muito fracos na Amazônia, o que é bom, pois não torna o fogo incontrolável. O foco são as áreas derrubadas. Às vezes o fogo se propaga um pouco na beira da floresta, na mata ao lado da área derrubada. Querem o máximo de queima para que a área fique limpa para a pecuária.”

 
Weintraub
 
Fonte: Carta Educação
Foto de capa: Victor Moriyama para Greenpeace

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