Em campanha reivindicatória por melhores condições de vida e trabalho, os professores de escolas particulares do Sudeste mineiro ampliam a mobilização e vão às ruas para convocar a categoria e dialogar com a comunidade escolar.
Durante a mobilização, os diretores e diretoras do Sinpro Minas relatam a dificuldade que têm enfrentado para conversar com a categoria, já que as escolas estão impedindo a entrada deles para divulgar o informativo da campanha.
Nesta sexta-feira (18/2), os professores farão uma assembleia virtual, com o objetivo de discutir o rumo do movimento.
“Eles estão barrando nossa entrada nas escolas, mas a campanha cresce a cada dia, com uma maior participação de professores e professoras, além de manifestações de solidariedade de pais e estudantes às nossas reivindicações. Há uma insatisfação grande nas escolas e um clima de insegurança, que traz impactos negativos para o ambiente escolar. No entanto, o patronal se recusa a negociar melhores condições de trabalho para os professores, que constroem cotidianamente um ensino de qualidade na região”, destacou a diretora do Sinpro Minas Mônica Cardoso.
Sem CCT, sem reajuste salarial e sem bolsas de estudos
Na região, os docentes estão há dois anos sem a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) assinada. A CCT é o contrato que assegura os direitos da categoria. Desde o início de 2020, o sindicato patronal (Sinepe Sudeste) se recusa a fechar um acordo.
Várias reuniões de negociação já foram feitas e, em todas elas, os representantes dos donos de escolas reafirmam que, para que isso ocorra, é preciso retirar ou precarizar direitos históricos dos professores. Querem, por exemplo, reduzir o adicional por tempo de serviço dos atuais 5% para 3% e alterar os períodos de férias e de recesso da categoria, entre outras mudanças muito prejudiciais aos professores e ao ambiente escolar.
Como se não bastasse, eles insistem em alterar o critério de distribuição de bolsas. A intenção deles é adotar um critério econômico seletivo e, com isso, acabar com o direito do professor de colocar seu filho para estudar na escola privada.
O patronal também se recusa a conceder um reajuste salarial à categoria, mesmo após as escolas terem aumentado as mensalidades escolares.
Sindicato patronal empurra professores para greve
“Estamos em um impasse criado pelo sindicato patronal, com o nítido objetivo de precarizar as condições de trabalho e de vida dos professores da região Sudeste. Frente a esse quadro, não temos outra saída a não ser ampliarmos nossa mobilização e paralisarmos as atividades docentes. Exigimos respeito e valorização profissional, pois nos dedicamos diariamente à construção de uma educação de qualidade, mesmo diante de todas as adversidades”, ressaltou a presidenta do Sinpro Minas, Valéria Morato, ao destacar que o sindicato não medirá esforços para defender os direitos da categoria.
Assembleia de professores do Sudeste-MG
Data: dia 18 de fevereiro (sexta-feira)
Horário: 17h30
Local: sala virtual do zoom https://us02web.zoom.us/j/87437082024?pwd=YUhvb2Q4NjFtWEUwZlR4d2lsWU5hUT09
Sua participação é fundamental!
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
plantaojuridico@sinprominas.org.br
RUA JAIME GOMES, 198 – FLORESTA – BELO HORIZONTE/MG – CEP 31015-240
FONE: (31) 3115.3000 | SINPROMINAS@SINPROMINAS.ORG.BR
COPYRIGHT © 2022 SINPRO MINAS – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.