No o dia 9 de abril, na Regional do Sinpro Minas em Barbacena, ocorreu mais uma rodada de negociações entre o Sinpro Minas e o Sinepe Sudeste, visando definir os índices de reajuste salarial dos professores com datas-base em fevereiro e março. O processo negocial, que se iniciou no final de 2012 com a apresentação da pauta de reivindicações dos professores, já se arrasta há alguns meses.
No dia 17 de abril, quarta-feira, os professores se reúnem para mais uma assembleia, às 17h30, no Salão dos Vicentinos – rua Olinto Magalhães, 52 – Centro – Barbacena e também no mesmo dia às 17h30, no Sindicato dos Bancários de Cataguases (rua Joaquim Peixoto Ramos / Travessa José Rossi, 60 – 1º andar – Centro – Cataguases), para discutir os rumos do movimento.Inicialmente, as negociações ficaram travadas em função da posição inflexível da representação patronal. O patronal entendia ser necessária a discussão prévia do calendário escolar para 2014, adequando-o às exigências do artigo 64 da Lei da Copa que, a princípio, define como férias escolares o período entre a segunda quinzena de junho e a primeira de julho. Todavia, a publicação de parecer do Conselho Nacional de Educação a respeito desta questão, assim como a homologação do referido Parecer pelo MEC, definindo que cabe às próprias entidades educacionais adequarem seus calendários escolares, mudou o cenário das negociações que voltaram a ter como ponto central o reajuste salarial.O Sinepe Sudeste apresentou uma proposta de reajuste diferenciado para o piso salarial e para os salários de forma geral e linear, ou seja, 7% de reajuste sobre os pisos salariais da atual CCT e de 6,3% para os salários. O entendimento da diretoria do Sinpro Minas, que reflete a posição manifestada pela categoria em assembleia, é de que não é possível negociar qualquer reajuste que esteja abaixo do INPC (6,63% para data-base de fevereiro e 6,77% para março). A nossa reivindicação, além da recomposição salarial pela inflação acumulada no período entre as datas-base, é de um percentual a título de ganho real, de modo a valorizar efetivamente o trabalho docente”, afirma o diretor do Sinpro Minas, Dimas Soares. Por isso, o sindicato também reivindica 2,5% de ganho real, mais o percentual de crescimento do PIB em 2011, o que representaria um reajuste acima de 12%.O discurso da representação patronal em mesa de negociação tem sido sistematicamente o mesmo há anos, isto é, o de que as escolas privadas estão em crise, perdendo alunos para a rede pública. Argumentam que o índice de inadimplência é muito alto e que o professor é muito caro para a escola. Discurso que não se sustenta pelos dados da realidade atual.Para o Sinpro Minas, há uma enorme defasagem salarial provocada por anos de arrocho salarial imposto pelos donos de escolas que primam pela lógica mercantil e pela busca de lucros crescentes. Na educação infantil, por exemplo, os professores não chegam a ganhar dois salários mínimos por mês, o que comprova o elevado grau de desvalorização do trabalho docente imposto pelos donos de escolas.
Cenário favorável para aumento realSegundo divulgou recentemente o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 95% das 704 negociações salariais monitoradas em 2012 pelo órgão resultaram em reajustes salariais superiores à inflação, em média 1,96% acima. Foi o melhor desempenho para os trabalhadores desde 1996, quando a série histórica foi criada.O Brasil também registra o menor índice de desemprego nos últimos dez anos. Em fevereiro foram criados 123 mil postos de trabalho e, no ano passado, 1,3 milhão de vagas. Além disso, o nível de atividade econômica iniciou este ano com alta de 1,29% (dados de janeiro, em comparação a dezembro), conforme divulgou o Banco Central.“As condições objetivas para avançarmos estão colocadas. Apesar da crise externa, o mercado interno continua aquecido e com projeção de continuidade da expansão não só da massa salarial, mas do Produto Interno Bruto como um todo. São dados que nos demonstram claramente que o cenário é positivo e não há razões para os donos de escolas se recusarem a atender nossas reivindicações”, afirma o presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis.Sendo assim, é hora de unirmos nossas forças em torno de um movimento de resistência contra a ganância capitalista de um setor que há décadas acumula ganhos em detrimento da valorização salarial dos trabalhadores.É preciso ampliar a mobilização para que as negociações avancem. Professor(a), chegou a hora de mostrar a nossa força. Venha para a assembleia e convide um(a) colega.
Salário dos professores é vergonhoso Os professores que trabalham na educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental recebem R$ 10,77 por hora/aula e um salário mensal de R$ 1.357.02. Esse é um salário médio dos professores desse segmento na região abrangida pelo Sinepe/Sudeste. Há escolas que pagam valores maiores e, também escolas que não pagam sequer os pisos; são os extremos. É dispensável aqui argumentar sobre a importância do trabalho dos professores desse segmento. Em relação ao absurdo desrespeito que esses salários representam, há números que exemplificam bem o baixo poder de compra dos salários da categoria. |
Assembleias de Professores 17 de abril – quarta-feira – 17h30
BarbacenaSalão dos VicentinosRua Olinto Magalhães, 52 – Centro
CataguasesSindicato dos Bancários de CataguasesRua: Joaquim Peixoto Ramos/TravessaJosé Rossi, 60 – 1º andar – Centro
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
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