Representantes de movimentos sociais e entidades sindicais, entre elas o Sinpro Minas, o Sindute, a Fetaemg e a CTB Minas, lançaram, nesta quarta-feira (11/3), na Casa do Jornalista, em Belo Horizonte, o movimento Educação que temos – Educação que queremos, com o objetivo de promover a participação de toda a comunidade educacional nas discussões sobre o Plano Decenal de Educação de Minas Gerais.
De acordo com a consultora educacional do Sinpro Minas Clarice Barreto o movimento surgiu com a idéia inicial de formar um grupo de discussão para analisar criticamente a proposta do Plano Decenal de Educação para o Estado de Minas Gerais. “Com o desenvolvimento dos debates, as ações do movimento se expandiram para uma dimensão mais ampla, enfatizando a construção de um projeto de educação no Estado”, relata Clarice.
Para o presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis, é preciso compreender e reconhecer a importância histórica desse momento quando muitas entidades se reúnem para consolidar uma posição unificada para discutir o Plano, com o lançamento do Movimento Educação que Queremos. “O papel do Sinpro foi essencial para que os movimentos sociais e sindicais se articulassem de maneira concisa para a consolidação do movimento”, conclui Gilson.
A assessora de educação do campo da Fetaemg Renata Lacerda ressalta que o Plano Decenal que foi apresentado não foi debatido com a sociedade civil e nem mesmo com a comunidade acadêmica. “Em relação à educação no campo, percebe-se que as medidas contidas no projeto não contemplam as necessidades específicas de cada região e segmento social”, completa.
Durante o lançamento, foi distribuído um documento crítico de avaliação do Plano, preparado pelo movimento para subsidiar os debates que vão ocorrer até maio. “Há lacunas significativas no documento oficial [o Plano, que foi elaborado pelo governo estadual], como as ações voltadas para a merenda e o transporte escolar. Esses itens deveriam estar presentes, inclusive com discussão para sua inclusão no Ensino Médio. Trata-se de um documento irregular (desarticulação entre diagnóstico e proposição), desarticulado (não se fia por uma estratégia clara de desenvolvimento da educação mineira) e incompleto (ausência de temas significativos para a educação do estado, além de metas claras, apropriadas e mensuráveis)”, avalia o documento crítico entregue pelo movimento.
O Plano também será debatido na Assembléia Legislativa, na sexta-feira (13/3), a partir das 9 horas. O debate será uma etapa preparatória para o Fórum Técnico Plano Decenal de Educação em Minas Gerais: Desafios da Política Educacional, também promovido pela ALMG e cuja etapa final será realizada em Belo Horizonte, no Plenário da Casa, entre os dias 13 a 15 de maio (clique aqui e leia a notícia sobre o assunto).
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