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Movimentos sociais criticam juros altos

20 de junho de 2008

A Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) reuniu cerca de cinco mil manifestantes nessa quinta-feira (19), em frente à sede do Banco Central, em Brasília, para protestar contra a política de juros altos. Sob o mote “menos juros, mais desenvolvimento”, estudantes, trabalhadores e lideranças sindicais pediram a saída do presidente do órgão, Henrique Meirelles.

O presidente da CTB, Wagner Gomes, lembrou que as últimas três reuniões do Copom foram para aumentar os juros sob o pretexto de segurar a inflação. “Nós viemos aqui para dizer que somos contra isso, que a inflação se combate com desenvolvimento e não juros altos”, afirmou Gomes. Os manifestantes destacaram a disposição de manter a mobilização e os protestos para denunciar e chamar atenção para o problema. Para o presidente da União da Juventude Socialista (UJS), Marcelo Gavião, “o ato reuniu não só a juventude, mas trabalhadores e atores sociais, demonstrando nossa rebeldia contra a política do Banco Central. Esse ato é uma manifestação da forma como a sociedade está recebendo o aumento da taxa de juros”, enfatizou.

Segundo ele, a retomada do aumento da taxa de juros representa um grande retrocesso. “Havia uma redução da taxa de juros, apesar de lenta, e no último período eles retomaram a alta da taxa de juros. É um retrocesso, porque o Brasil vem crescendo e essa política aponta para a diminuição do crescimento”. O presidente nacional da CUT, Artur Henrique, também criticou a política de juros altos e pediu mais investimentos nas áreas de saúde, educação e segurança. ”Os gastos públicos com saúde, educação e segurança precisam aumentar, e não diminuir”, disse.

Ele também acusou o empresariado pelas pressões inflacionárias. “Contando com perspectiva de inflação, empresários aproveitam para aumentar preços ao consumidor e, assim, ameaçam a estabilidade econômica, pensando apenas nos seus próprios umbigos e nos lucros. Enquanto isso, ficam, de maneira hipócrita e dissimulada, defendendo cortes nos investimentos públicos”, atacou Artur.

Segundo a nota divulgada pela CMS, o caminho do desenvolvimento é outro. “Passa pelo fortalecimento do papel indutor do Estado, pela garantia de contrapartidas sociais para os investimentos com recursos públicos, pela indução do crescimento com geração de emprego e distribuição de renda”. Participaram da manifestação a CTB, CUT, UNE, UJS, Conam, UBM e Unegro, entre outras centrais sindicais e entidades do movimento social.

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