Estudo realizado em regiões metropolitanas do país mostra que o ganho mensal dos negros é menor do que o dos não-negros. Em Salvador está a maior disparidade. O rendimento médio mensal dos negros é de R$ 715, o que representa apenas 52,9% do rendimento médio dos brancos que é de R$ 1.350.
Os dados fazem parte da pesquisa Escolaridade e Trabalho: Desafios para a População Negra nos Mercados de Trabalho Metropolitano e foram colhidos pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). As regiões pesquisadas foram Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e São Paulo e também o Distrito Federal.
A pesquisa mensura ainda como o rendimento por hora de trabalho sofre efeito direto da escolaridade. Em Belo Horizonte, por exemplo, a média de rendimento por hora para homens negros é R$ 5,74 para os que têm ensino médio completo e R$ 17,72 para quem já completou o nível superior. Em relação a mulheres negras, também em Belo Horizonte, os rendimentos são respectivamente de R$ 3,72 e R$ 13,63. O acréscimo de acordo com o grau de escolaridade segue a mesma tendência em todas as regiões pesquisadas.
“Quanto maior a escolaridade, menores são as diferenças salariais e menor a vulnerabilidade que a pessoa tem em sua ocupação, ou seja, quanto mais se estuda, principalmente quando se chega a um nível universitário completo, você tem mais chance de ter uma ocupação mais estável e um melhor rendimento”, avalia o coordenador da pesquisa de emprego e desemprego do Dieese, Antônio Ibarra.
Ele aponta a aplicação de ações afirmativas – como a política de cotas nas universidades – como forma de aumentar a escolaridade entre os negros e assim garantir melhor ocupação e rendimento. “O sistema de cotas é apenas um dos pontos de todo um sistema de ações afirmativas que necessita ser debatido pela sociedade.”
Agência Brasil
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