
O Amazonas, que a partir de 1° de fevereiro será o único Estado brasileiro a possuir duas parlamentares no Senado, vive os dois lados deste perfil político. De um lado, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), militante desde estudante, foi vereadora em Manaus entre 1989 e 1998, migrando em seguida para a Câmara Federal, onde permaneceu de 1999 a 2011.
Antes disso, em 2004, concorreu à Prefeitura de Manaus, obtendo a terceira colocação entre os candidatos. Em 2010, elegeu-se senadora pelo Amazonas, cargo que ocupa atualmente.
Do outro lado, temos Sandra Braga (PMDB), nunca eleita para um cargo público, que assumiu no dia 1° deste mês a vaga no Senado como suplente do marido, Eduardo Braga (PMDB), que foi nomeado ministro de Minas e Energia.
Sandra tem 55 anos e nunca concorreu a um mandato. Ela é empresária e tem três filhas. Entre 2003 e 2010 foi primeira-dama do Amazonas.
Além da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), outras três parlamentares chegaram ao Senado após construírem uma carreira sólida na política. Formada em economia, Lídice da Mata (PSB), é a primeira senadora eleita pelo Estado da Bahia. Em sua carreira política foi deputada federal por duas vezes. Antes, foi vereadora e prefeita de Salvador e deputada estadual duas vezes.
Marta Suplicy (PT), senadora eleita pelo Estado de São Paulo em 2010, é filiada ao PT desde a década de 1980. Sua experiência em mandatos políticos teve início em 1995, quando foi eleita deputada federal. Foi eleita prefeita de São Paulo e ministra do Turismo no governo Lula.
Ana Amélia Lemos (PP) é senadora pelo estado do Rio Grande do Sul. A parlamentar ingressou na carreira política em 2010.
No dia 1° de janeiro, Regina Souza (PT), que já foi quebradeira de coco, foi empossada no cargo de senadora do Estado de Piauí. Aos 64 anos, ela assumiu depois que o titular do cargo, Welligton Dias, elegeu-se governador. A petista é um dos nomes mais respeitados dentro da sigla e vai engrossar a lista das senadoras que construíram sozinha sua trajetória política.
Pouca representação
A composição do Senado é baseada em três vagas para cada estado, em um total de 81 parlamentares. Dos 27 estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal, apenas 11 possuem senadoras.
A região que reúne a maior bancada de senadoras também é a que possui maior quantidade de estados – o Nordeste, com quatro senadoras. Em segundo lugar vem a região Norte, com sete estados e três parlamentares.
O Sudeste, com quatro estados, possui duas senadoras. Já a região Centro-Oeste e a Sul, respectivamente, com três estados, contam com uma senadora cada.
Com este resultado, 16 estados brasileiros, hoje, não possuem bancada feminina no Senado.