O Sinpro Minas se solidariza e apoia a greve dos trabalhadores da rede estadual de ensino, iniciada em 8 de abril. Diante do quadro de abandono da educação em Minas, a reivindicação por melhores condições de trabalho e pela implementação do piso salarial nacional é legítima e necessária. Não há dúvidas de que o cenário de precariedade do setor educacional é resultado das políticas neoliberais do governo estadual, caracterizadas por escassos e insuficientes investimentos nas áreas sociais.  O Sinpro Minas manifesta ainda o seu repúdio à decisão do Tribunal de Justiça (TJ) que, a pedido do governo de Minas, multou o sindicato da categoria e determinou o bloqueio da conta da entidade sindical. Repudia também a decisão da Secretaria Estadual de Educação de descontar os dias paralisados.  Ao transferir para a esfera jurídica os impasses que deveriam ser resolvidos no plano político, por meio de negociações abertas e transparentes, o governo estadual dá mais uma demonstração da falta de diálogo, marca de sua gestão. Revela, ainda, mais uma tentativa de enfraquecer o forte e legítimo movimento grevista dos professores e auxiliares de administração escolar. A decisão da Justiça, por sua vez, mostra o déficit democrático e o atraso de parte do nosso judiciário, insensível à luta pela qualidade da educação em nosso país. Trata-se de um absurdo jurídico que afronta o movimento sindical e o direito constitucional de organização e manifestação dos trabalhadores.     Dessa forma, por entender que a qualidade da educação passa necessariamente pela valorização dos profissionais que nela trabalham, o Sinpro Minas reitera o seu apoio à greve dos trabalhadores em educação e exige que o governador de Minas, Antonio Anastasia, atenda as reivindicações da categoria.