“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”. Essa frase da revolucionária Rosa Luxemburgo inspira a luta cotidiana das mulheres contra todas as opressões vividas e sentidas na pele. O simbólico 08 de março, mais uma vez, fortaleceu neste ano a organização e a luta feminista em dezenas de países. A construção de uma greve internacional foi um grito por mais direitos, contra tantas desigualdades e violências. Foi um grito, afinal, a favor da vida.
Em Pouso Alegre, porém, esse grito foi abafado pela Prefeitura da cidade e as mulheres tiveram que se fortalecer ainda mais para exercer o direito à manifestação, garantido na Constituição da República. De acordo com as organizadoras da marcha, estava sendo preparado um evento oficial do município na praça onde houve a concentração para o ato. Representantes da Prefeitura, que estavam no local, proibiram o uso do som no ato das mulheres e um deles chegou a afirmar que a praça é “um bem da Prefeitura e a instituição usa como achar que deve ser usada”. As mulheres, mesmo sem carro de som, começaram a manifestação e foram surpreendidas com a chegada de viaturas da polícia, como se elas estivessem cometendo algum ato contra a lei. Já coagidas com tanta perseguição, as mulheres encerraram o ato às 19h30, antes do início do evento oficial, em que, certamente, o povo não era bem-vindo.
Muitas são as lutas por trás da construção de um ato de mulheres. O peso das obrigações ligadas ao lar e a negação histórica da ocupação do lugar público são exemplos de como a luta política de toda mulher enfrenta obstáculos ainda cultivados na sociedade. O caso ocorrido em Pouso Alegre, em pleno 8 de março, demostra o quanto o machismo está presente em todas as dimensões sociais e como as instituições que deveriam ser aliadas na desconstrução das desigualdades, reforçam a opressão contra as mulheres.
O Sinpro Minas repudia a ação da Prefeitura de Pouso Alegre, que marca mais um triste episódio de machismo e opressão contra os direitos das mulheres, e se solidariza com todas as mulheres envolvidas na organização do ato, que se sentiram perseguidas e alvos de retaliação. O 8 de março carrega um força histórica de tantas mulheres que lutaram e deram suas vidas por um mundo de mais igualdade e foi uma manifestação legítima, assim como qualquer outra que caminhe rumo a mais direitos e conquistas para as(os) oprimidas(os) deste país.
O momento político aponta para grandes retrocessos para a classe trabalhadora, sobretudo para as mulheres. O Sinpro assume o compromisso de caminhar ao lado dessas milhares de guerreiras, ocupando todos os espaços necessários para que mais nenhum grito seja silenciado.
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