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Pela paz na sala de aula

29 de abril de 2009

A violência protagonizada pelos jovens nas escolas é uma realidade inegável, embora não seja uma questão exclusivamente brasileira, mas que preocupa, sim, indistintamente, países ricos e pobres. No entanto, quem imaginava que o problema, por aqui, se restringisse aos colégios públicos e localizados na periferia, certamente ficará surpreso com os resultados de pesquisa inédita divulgada ontem pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-MG).O levantamento mostra que aquela relação direta entre aluno e professor, que deveria ser um dos pilares da educação, transformou-se na principal causa de desgaste entre os docentes de escolas particulares de Minas Gerais. A queixa sobre a violência crescente foi apontada por 40,25% dos 2.484 profissionais entrevistados, que também reclamaram de cansaço físico e mental (92,84%) e denunciaram terem sido ameaçados ou agredidos por alunos, pelo menos uma vez (41%). Ora, o quadro apresentado no estudo é preocupante, com reflexos negativos não somente na saúde dos professores, mas, é claro, na própria qualidade do ensino. Os dados foram obtidos com profissionais de todo o Estado, do Ensino Infantil ao Superior.Este é o momento, então, de os resultados da pesquisa serem cuidadosamente examinados, pois abrem caminho para a busca de melhores condições de trabalho junto às escolas, mas, sobretudo, pela paz entre alunos e mestres, tão necessária ao aprendizado pleno que se deseja, seja no ensino público ou no particular.Inadmissível, portanto, é adiar providências enquanto se buscam as causas da violência escolar. Na verdade, até hoje este problema não é tratado como prioritário dentro das políticas educacionais do país e, infelizmente, não há diretrizes para um combate efetivo à questão. O reforço de policiamento no entorno dos colégios, aliado à efetiva integração família/escola, pode ser o lenitivo para uma gestão deveras democrática, que ofereça aos alunos oportunidades de expressarem seus talentos e não a sua crueldade. A implementação de projetos de atividades culturais e esportivas para os alunos é outra ação a ser tentada. Não se trata de transformar escolas em fortalezas, mas é preciso impor limites, especialmente quando se sabe que a violência não é algo que surge e termina dentro da sala de aula, mas que cercam o jovem diariamente.EDITORIAL – Jornal Hoje em Dia – 29/4/09 

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