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Piso Salarial Regional pode ser um instrumento de superação de desigualdades

5 de setembro de 2011

Minas Gerais responde por, aproximadamente, 9% do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB), sendo o 3º maior do País, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro, mas ainda apresenta muitas desigualdades entre os municípios. Conforme estudos de 2009 e 2010 do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional de Minas Gerais (Cedeplar), ligado à UFMG, a economia de Minas Gerais deve permanecer estável pelos próximos 10 anos.

 

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2008 indicam que a região Central responde por 46% do PIB do Estado. O Sul de Minas representa 12,2% e o Triângulo, 11,2%. As menores porcentagens são da região do Noroeste de Minas, de 1,8%, do Jequitinhonha/Mucuri, de 1,9%, e do Norte, de 4%.

 

A implantação de um piso regional de salários foi destacada como instrumento de proteção das categorias não organizadas, diminuição da desigualdade de rendimentos, aumento da capacidade de compra e da demanda por produtos e serviços e redução dos níveis de pobreza, durante o Ciclo de Debate Piso Salarial em Minas Gerais, realizado pela Assembleia de Minas, no dia 26 de agosto. Deputados, especialistas e sindicalistas foram unânimes em defender o piso como condição de desenvolvimento e condenaram a ideia de que ele pode gerar prejuízos para a economia.

 

O autor do requerimento para realização do debate, deputado Celinho do Sinttrocel (PCdoB), afirmou que Minas Gerais não pode ficar fora desse cenário e defendeu a implantação do piso salarial regional. Ele lembrou que é autor do Projeto de Lei (PL) 77/11, que trata da implantação e dos valores do piso salarial das categorias profissionais dos trabalhadores no Estado, ao qual foi anexado o PL 178/11, do deputado Rogério Correia, que trata do mesmo assunto.

 

O deputado Rogério Correia (PT) também afirmou que é preciso acabar com a ideia de que o aumento de salário dos trabalhadores poderá gerar prejuízos à economia. “Estados que tenham uma concentração maior de empresas e de recursos devem aumentar o valor do salário mínimo pago”, defendeu.

 

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Gilson Reis, também participou do evento. Para ele, a valorização dos salários e dos trabalhadores é uma das principais maneiras de acelerar o crescimento da economia de Minas Gerais e do Brasil, reduzindo as desigualdades sociais. “Precisamos ampliar a discussão sobre o piso, envolvendo toda a sociedade, para que essa realidade seja alterada”, ressalta.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação da ALMG

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