Confirmada a agenda das centrais sindicais para a manifestação dos trabalhadores brasileiros contra as ameaças aos direitos trabalhistas. Em todas as capitais e nas cidades de grande porte serão realizadas atividades unificadas no próximo dia 28, quarta-feira, às 15 horas. A manifestaçao visa um diáologo com a população sobre os prejuízos à classe trabalhadora das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, divulgadas em dezembro passado. Entre as prováveis perdas estão algumas ligadas a benefícios como seguro-desemprego, auxílio pensão e abono salarial.
De acordo com o presidente da CTB Minas, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Marcelino da Rocha, as últimas medidas propostas pelo governo federal têm causado grande surpresa no movimento sindical. “No final do ano passado, havia a proposta de um programa de proteção ao emprego, nos moldes do implementando na Alemanha que, na verdade, implicaria em grande flexibilidade dos nossos direitos e com o governo assumindo parte dos salários dos trabalhadores. Proposta que nos preocupou muito. E agora, as medidas provisórias que representam redução dos direitos trabalhistas, além da revogação da correção da tabela do Imposto de Renda que prejudica os trabalhadores. Por isso, houve concenso para uma agenda de luta”. Segundo ele, todos precisam dizer que não aceitam perder seus direitos conquistados com tanta luta. Marcelino da Rocha lembra que quando candidata, Dilma Rousseff, disse que os trabalhadores não poderiam perder nada. “Ela disse inclusive ‘nenhum direito a menos, nem aque a vaca tussa’; então, não dá para aceitar propostas que significam flexibilização da lei trabalhista, com efetiva retirarada dos direitos dos trabalhadores”, afirma.
Marcelino da Rocha convoca a todos para o grande ato do dia 28, em Belo Horizonte, às 15 horas, na Praça 7. “Não podemos ser passíveis diante desta medidas, principalmente porque, como sabemos, o atual Congresso é conservador, com grande representação do setor empresarial, e estamos, inclusive, enfrentando sérios problemas na luta contra a terceirização do trabalhador”.
Já foi realizada uma reuniao das centrais sindicais com quatro ministros, no dia 19, em São Paulo, mas não houve nenhum avanço nas propostas feitas pelo governo. “Mesmo diante da possibilidade de nova reunião, a gente sente uma distância, um isolamento dos movimento sociais no debate sobre temas que são de interesse de todos os trabalhadores brasileiros”, alerta.
Segundo o presidente da CTB MInas, a agenda foi construída com outras cinco centrais sindicais para que todo trabalhador, de todas as classes, vá às ruas manifestar sua indignação. Além da CTB, participam a CUT, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores, Central dos Sindicatos Brasileiros e Nova Central. “Todos precisam participar, pois um sindicato não faz nada sozinho. Só com a classe organizada, mobilizada será possível aprimorar a democracia e preservar direitos conquistados há vários anos”, afirma.
Calendário unitário
Dia 28 de janeiro – Dia Nacional de Mobilizações em Defesa dos Empregos e Direitos
Dia 29 de janeiro – Reunião com representantes do Ministério Público do Trabalho
Dia 26 de fevereiro – Marcha da Classe Trabalhadora – em São Paulo
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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