A professora Terezinha Avelar é a nova presidente do Movimento Popular da Mulher (MPM), entidade filiada à União Brasileira de Mulheres. Ela sucede a Maria Izabel Siqueira, a Bebela, e tem como principal desafio o trabalho pela promoção e autonomia de gênero, como integrante da Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, que congrega diferentes órgãos e instituições feministas no Estado.
A eleição, ocorrida no último sábado (20), na Câmara Municipal, contou com a participação de uma das fundadoras e primeira titular da entidade, a deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional que investiga a violência contra a mulher no País e coordenadora da bancada feminina da Câmara dos Deputados.
Isonomia
Jô Moraes alertou para a necessidade de um trabalho organizado e conjunto em defesa dos direitos da mulher não só no âmbito doméstico e familiar, mas no mundo do trabalho e da representação política. “É preciso avançar nas conquista sempre de olho na preservação dos direitos já alcançados. A isonomia com os homens no mundo do trabalho, a começar por salários iguais no exercício da mesma função é nossa meta. Há projetos de leis tramitando no Congresso e só mesmo a pressão popular poderá fazê-los chegar ao plenário e ser votados”, alertou.
Segundo a parlamentar, a legislação, a pressão da sociedade organizada, as questões econômicas e a luta decisiva das mulheres é que têm enfraquecido e superado preconceitos e legitimações do domínio masculino. “Temos de nos organizar para lutar para ampliar nossa presença nos partidos políticos e nos legislativos municipal, estadual e federal”, disse.
Experiências
Já a historiadora Carolina dos Santos, autora do livro “Adolescentes negras: relações sociais, discurso e mídia impressa feminina na contemporaneidade brasileira” discorreu sobre suas observações e inquietações durante a adolescência e que levou parta a praxis docente. A invisibilidade da mulher e, muito especialmente, da mulher negra foi o tema central de sua palestra.
Ao passar a direção do MPM para Terezinha Avelar, Maria Izabel Siqueira fez um balanço das ações da entidade nos últimos quatro anos e que avaliou como positivas e vitoriosas. Entre elas, Bebela Siqueira destacou a participação no VIII Congresso Nacional da UBM em 2011; nas celebrações dos 30 anos de Anistia Política no Brasil. E ainda o trabalho desenvolvido em conjunto com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e o Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte . O Projeto “Atalhos e Retalhos” voltado à autonomia financeira de mães, de mulheres arrimos de família, através de capacitação profissional feita em diferentes pontos da cidade, foram outras iniciativas destacadas pela dirigente.
Já Terezinha Avelar, depois de eleita por unanimidade para o período 2013/2015 falou da responsabilidade de suceder Bebela Siqueira, um ícone no movimento feminista, e de suas muitas e vitoriosas lutas. Terezinha também destacou sua disposição de avançar na luta pelo empoderamento das mulheres, através de uma gestão democrática. Ela encerrou seu discurso com as palavras de Rosa de Luxemburgo: “Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.”
O encontro contou ainda com as presenças da presidente do Conselho Estadual da Mulher, Jovita Levy, da coordenadora Estadual da UBM, Cláudia Pessoa e de representantes da UBM das cidades de Contagem, Sabará e Santa Luzia; da Rede Feminista de Saúde e do Graal.
Por: Graça Borges
Fonte: www.jomoraes.com.br
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