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Professores buscam mediação da SRT para resolver impasse

21 de abril de 2012

Mobilizados em busca de 12% de aumento salarial e de melhorias nas condições de trabalho, professores mantêm calendário de atividades e fazem nova assembleia em 5 de maio 

Indignação e luta pela valorização da categoria. Esse  foi o tom da assembleia dos professores da rede particular de ensino realizada nesse sábado, 21 de abril, na sede do Sinpro, em Belo Horizonte. Novamente, os professores mostraram sua insatisfação com a proposta do patronal, que ofereceu apenas 7% de reajuste, percentual abaixo da reivindicação da categoria, que luta por 12% de aumento.

 

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Com o impasse nas negociações, o Sinpro Minas vai buscar a mediação da Superintendência Regional do Trabalho na próxima semana. Uma reunião está agendada na Superintendência Regional do Trabalho – SRT (r. Tamóios, 596 – Centro) para a próxima sexta, 27 de abril, às 11 horas.

 

Nova assembleia com indicativo de greve está marcada para o dia 5 de maio, às 10h, na sede do Sinpro (Rua Jaime Gomes, 198 – Floresta). Até lá, a categoria vai ampliar a mobilização para pressionar por avanços.

 

Os docentes reivindicam também melhores condições de trabalho, através da regulamentação da educação a distância (EAD), da equiparação dos pisos da educação infantil ao do ensino médio e de medidas contra a violência no ambiente escolar. “Diante da postura intransigente do Sinep e da realidade de desvalorização da categoria, precisamos dialogar com nossos colegas nas escolas e refletir sobre qual educação que nós queremos construir”, avaliou Marco Eliel de Carvalho, diretor do Sinpro.

Para o presidente do Sinpro Minas, professor Gilson Reis, o cenário econômico atual é favorável para o aumento dos salários e para a melhoria das condições de trabalho. “A expansão das escolas se dá não só no ensino superior, como em toda a educação básica, e é possível notar isso, através do aumento das mensalidades, do número de alunos em sala e da ampliação das escolas. Essa mercantilização do ensino só beneficia quem lucra com o nosso trabalho”, destacou (clique aqui e leia notícia sobre aumento das mensalidades).  

 Para superar esse quadro,  a categoria precisa ampliar sua mobilização para mostrar sua força aos patrões. “Mantemos a nossa pauta, a nossa mobilização e o indicativo de greve para acumularmos forças e darmos os próximos passos”, completou Gilson.

Compromisso com a educaçãoA professora Liliani Salum convocou todos os professores para estarem presentes nas próximas etapas de mobilização. “É importante estarmos na reunião da SRT para pressionar os donos de escolas. A nossa presença é fundamental, porque somos educadores. O sindicato patronal não teme a nossa inércia, teme a nossa mobilização”, destacou.

Aerton Silva, professor e diretor do Sinpro, destacou que, nos últimos dias, houve uma intensa mobilização da categoria através das visitas às escolas e da interação dos professores com o sindicato por telefone e pela internet, com o aumento expressivo do número de acessos à página do Sinpro e pelo compartilhamento nas redes sociais. “Indignados todos estamos, mas é preciso mostrar a nossa força”, disse.

  • Clique aqui e confira momentos da campanha reivindicatória do ano passado.
  • Clique aqui e reveja imagens de greve e mobilização dos professores da rede privada de ensino.

Já a professora universitária Andréa Vasconcellos lembrou que o trabalho de conscientização de cada professor junto aos colegas é determinante para a ampliação da luta docente. “A gente acredita que só a valorização de toda a nossa categoria poderá mudar a educação. Esse é o nosso compromisso de cidadania para mudar o nosso país”. InconfidentesA assembleia deste sábado foi realizada numa data emblemática – 21 de abril – dia que lembra o feito histórico dos inconfidentes mineiros, que também não aceitavam injustiças e lutaram por direitos, como lutam hoje os professores de Minas, nas redes particular e pública de ensino. “No dia dos inconfidentes, estamos aqui, inconfidentes de uma educação mercantilizada, em luta por uma educação de qualidade, que passa pela valorização da profissão docente”, afirmou Gilson Reis.Apoio à greve da educação infantil de BHDurante a assembleia, os professores aprovaram por unanimidade uma moção de apoio à greve dos professores da educação infantil do município, mobilizados há mais de trinta dias (clique aqui e leia a moção).

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