Os professores da base CCT/MG, reunidos em assembleia nesta quinta-feira (8), rejeitaram mais uma vez a proposta vergonhosa de reajuste apresentada pelo Sinepe MG. A categoria também reafirmou a pauta reivindicatória e autorizou o Sinpro Minas a continuar as negociações com o sindicato patronal, com a possibilidade de mediação e ajuizamento de dissídio junto ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho) se necessário.
Não é para menos. O patronal apresentou uma proposta de reajuste salarial que corresponde a apenas à inflação (INPC) dos últimos 12 meses (5,2%), desconsiderando a defasagem salarial que se acumula desde 2020, que é no mínimo de 19,65%. Para piorar, o índice seria dividido em duas vezes (maio e setembro) – sendo o de setembro não aplicado sobre o reajustado em maio – e de forma não retroativa à data-base.
“É desrespeitosa a forma como os donos de escolas tratam os professores. Nosso salário está defasado há anos porque não acompanhou a variação da inflação. Ganho real é algo impensável para eles, é como se nosso trabalho não tivesse valor. O que nos oferecem são migalhas que não correspondem à realidade da vida da categoria”, afirmou Valéria Morato, presidenta do Sinpro Minas.
A perspectiva é de que o Sinepe MG apresente uma proposta sobre equiparação do piso da Educação Infantil – a pauta reivindicada pelos professores pede a equiparação da Educação Básica como um todo. Além disso, o Sinpro Minas enviou uma proposta de abono de faltas mediante atestado para acompanhamento de filhos e pais idosos nas questões de saúde, como consultas. O restante dos pontos reivindicados pela categoria foi negado pelos patrões.
A assembleia autorizou o Sinpro Minas a continuar as negociações com a defesa integral da pauta aprovada anteriormente pela categoria. “Essas reivindicações foram construídas em conjunto com os professores e professoras. São pontos necessários para melhorar a qualidade de vida e trabalho”, lembrou Valéria.
Próximos passos
Durante a assembleia foi definida a tática de mobilização para os próximos dias. O Sinpro Minas vai promover panfletagens para pais e alunos, instalar faixas e usar carros de som denunciando a precarização do trabalho do professor e o desrespeito com que a categoria vem sendo tratada pelos donos das escolas.
Valéria explica que é importante tornar pública a situação dos professores entre a comunidade escolar: “Afinal, os pais pagam altas mensalidades, que sobem muito acima da inflação a cada ano, e não sabem que seus filhos têm professores desvalorizados. Temos a certeza de que eles estarão ao nosso lado, como sempre estiveram”.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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