Notícias

Professores da Univale entram em greve

19 de setembro de 2011

Os professores da Universidade Vale do Rio Doce (Univale) entraram em greve, por tempo indeterminado, nesta segunda-feira (19/9). Os docentes reivindicam o pagamento dos salários atrasados.

Conforme decisão da assembleia realizada em 13 de setembro, a categoria deu um prazo até hoje para que a instituição de ensino quitasse as dívidas, o que não ocorreu. 

A próxima assembleia será nesta quarta-feira (21/9), às 19 horas, na sala dos professores do campus II da Univale (bairro Universitário).

 Histórico da situaçãoOs professores contam com o apoio e a compreensão de todos e esclarece que não é recente a insatisfação com a postura da mantenedora da Universidade, a Fundação Percival Farquar (FPF). No início de abril, aconteceu uma paralisação geral dos professores, pois os salários não eram pagos em dia. A Fundação alegava estar passando por uma crise, justificando não poder honrar com seus compromissos financeiros. Nesse período, foram realizadas várias assembleias e negociações com o intuito de resolver o impasse. Durante esse processo, uma comissão de professores foi constituída pelos próprios docentes da Univale com o objetivo de atuar em conjunto com Sinpro Minas na defesa dos direitos dos trabalhadores.

A pedido do movimento grevista, foi realizada a Assembleia Geral da Fundação para que a mesma prestasse esclarecimentos para os professores e para a comunidade sobre a atual situação da universidade, sobretudo, a financeira. Depois disso, uma nova comissão foi instaurada com a participação de professores, juntamente com o Sinpro Minas e o Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar de Minas Gerais (SAAEMG), para fazer estudos e levantar propostas que contribuíssem para solucionar a crise existente.

Diante do impasse, o Ministério Público foi acionado pela comissão e pelo Sinpro Minas. O promotor Leonardo Valadares Cabral se colocou como mediador no princípio das negociações entre os professores e a Fundação. Dessa forma, os professores em assembléia decidiram dar um voto de confiança à mantenedora e suspenderam a greve.

Comissão, sindicatos, Ministério Público e Fundação se reuniram e chegaram a um acordo de como seriam realizados os trabalhos de análise de documentos. Alegando não ter condições de pagar em dia os salários dos meses de maio, junho, julho e agosto, a diretoria da Fundação solicitou que esses meses fossem pagos de forma parcelada. A proposta foi aceita, mas não foi totalmente cumprida, faltando ainda 35% do salário referente a julho para ser pago.

Para agravar a situação, no mês de setembro, a Fundação pagou apenas 50% do salário referente a agosto. Além do mais, o 1/3 de férias referente ao ano de 2010 também está em atraso. Ressalva-se aqui que todos os funcionários da Univale que recebem até R$1.000,00 estão com os salários em dia, com exceção do 1/3 de férias referente a 2010.

Insatisfeitos com a quebra do acordo por parte da Fundação, e certos de que, após os estudos contábeis realizados, há a possibilidade de pagamento em dia por parte da instituição de ensino, os professores tomaram a decisão de paralisar as atividades por tempo indeterminado, caso o pagamento dos atrasados não fosse feito até esta segunda-feira (19/9).

 

 

COMENTÁRIO

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Categorias

Artigo
Ciência
COVID-19
Cultura
Direitos
Educação
Entrevista
Eventos
Geral
Mundo
Opinião
Opinião Sinpro Minas
Política
Programa Extra-Classe
Publicações
Rádio Sinpro Minas
Saúde
Sinpro em Movimento
Trabalho

Regionais

Barbacena
Betim
Coronel Fabriciano
Divinópolis
Governador Valadares
Montes Claros
Patos de Minas
Poços de Caldas
Pouso Alegre
Sete Lagoas
Uberaba
Uberlândia
Varginha