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Professores do Sudeste exigem valorização profissional e manutenção dos direitos

10 de fevereiro de 2022

Categoria se mobiliza diante da intransigência dos donos de escolas e faz assembleia virtual no dia 18/2

Os professores do setor privado da região Sudeste-MG estão em campanha reivindicatória para conquistar melhores condições de trabalho e de vida. Na região, os docentes estão há dois anos sem a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) assinada. A CCT é o contrato que assegura os direitos da categoria.

Desde o início de 2020, o sindicato patronal (Sinepe Sudeste) se recusa a fechar um acordo. Várias reuniões de negociação já foram feitas e, em todas elas, os donos de escolas reafirmam que, para que isso ocorra, é preciso retirar ou precarizar direitos históricos dos professores. Querem, por exemplo, reduzir o adicional por tempo de serviço dos atuais 5% para 3% e alterar os períodos de férias e de recesso da categoria, entre outras mudanças muito prejudiciais aos professores e ao ambiente escolar.

Como se não bastasse, os donos de escolas insistem em alterar o critério de distribuição de bolsas. A intenção deles é adotar um critério econômico seletivo que, ao final, reduz significativamente o percentual de bolsas e faz com que muitos professores percam o direito de requerer o benefício.

Na avaliação da diretoria do Sinpro Minas, essa é uma forma de, em curto prazo, acabar com as bolsas para professores que não trabalham na mesma escola onde estuda seu filho, a chamada “bolsa para fora da casa” – um direito conquistado pela categoria desde a década de 50.

Vale lembrar que, no ano passado, o Sinepe Sudeste chegou a dizer, em nota divulgada às instituições, que para os professores de outros estabelecimentos de ensino (os “fora da casa”), “a recomendação é não aceitar os requerimentos de bolsas do Sinpro Minas”.

O patronal também se recusa a conceder um reajuste salarial à categoria, mesmo após as escolas terem aumentado as mensalidades escolares.

Nesses últimos anos de intransigência patronal, o Sinpro Minas ajuizou dissídio coletivo, instrumento por meio do qual pede-se que a Justiça julgue as reivindicações apresentadas pelos professores. Ocorre que a Justiça não julgou e exigiu o comum acordo, ou seja, o sindicato patronal deve concordar que as reivindicações sejam analisadas pelo Tribunal. No entanto, o fato é que Sinepe Sudeste prefere que os professores continuem sem Convenção e que as escolas permaneçam num ambiente de indefinição e insegurança.

Sindicato patronal empurra professores para greve
“Estamos em um impasse criado pelo sindicato patronal, com o nítido objetivo de precarizar as condições de trabalho e de vida dos professores da região Sudeste. Frente a esse quadro, não temos outra saída a não ser ampliarmos nossa mobilização e paralisarmos as atividades docentes. Exigimos respeito e valorização profissional, pois nos dedicamos diariamente à construção de uma educação de qualidade, mesmo diante de todas as adversidades”, ressaltou a presidenta do Sinpro Minas, Valéria Morato, ao destacar que o sindicato não medirá esforços para defender os direitos da categoria.


Assembleia de professores do Sudeste-MG

Data: dia 18 de fevereiro (sexta-feira)

Horário: 17h30

Local: sala virtual do zoom

Entrar na reunião Zoom
https://us02web.zoom.us/j/81893200466?pwd=eUxPK1NuNXczM25EYjBqTm1INlZRdz09
ID da reunião: 818 9320 0466
Senha de acesso: 923646
 

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