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Professores do sudeste mineiro organizam resistência a ameaças de perdas

20 de maio de 2021

Na tarde dessa quarta-feira, 19/5, os professores e professoras da região sudeste de Minas Gerais fizeram uma assembleia para discutir o andamento das negociações (Campanha Reivindicatória 2021), que estão sendo feitas entre o Sinpro Minas e sindicato patronal, o Sinep Sudeste. A categoria aprovou que o Sinpro Minas continue firme nas negociações e não abra mão dos direitos conquistados há tantos anos com muita luta.

A Regional Barbacena do Sinpro Minas enfrenta grandes problemas com o Sinep Sudeste, porque os donos de escolas apresentam uma contraproposta que visa acabar com conquistas históricas da categoria. Eles querem negociar o inegociável como, por exemplo, mudanças na forma de distribuição de bolsas e redução do adicional por tempo de serviço (ATS). Além disso, querem mudanças nas férias de janeiro, passando para dois períodos de 15 dias. Segundo a diretora do Sinpro, Siomara Iatarola, a categoria está aberta a negociar as férias, porém os outros itens são impossíveis. “São mudanças que trazem grandes prejuízos para os/as professores/as.

O Sinep Sudeste quer que as escolas, e não o Sinpro, passem a distribuir as bolsas de estudos para o/a professor/a, sendo sindicalizado/a ou não. Falam que estão ampliando a bolsa, mas não é verdade. Não será possível isso na realidade – como uma escola vai distribuir bolsa para outra escola? Também não tem como aceitarmos redução do ATS. Hoje. O adicional é de 5% a cada cinco anos trabalhados, e eles querem baixar para 3%.”

No ano passado, a falta de negociação foi da mesma forma e os/as professores/as das cidades que compõem a regional Barbacena ficaram sem Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O Sinpro teve que entrar com dissídio coletivo, que ainda está em fase de conciliação.

“Neste ano, sem negociação, estamos indo pelo mesmo caminho. Em 2020, em função da pandemia, não tivemos reajuste salarial de acordo com a inflação. Deixamos para negociar neste ano e, agora, o Sinep Sudeste não quer negociar nenhum reajuste. É injusto, pois as mensalidades escolares foram reajustadas e tudo subiu de preço. Além disso, os/as professores/as tiveram que fazer investimentos em equipamentos e internet para garantir uma educação de qualidade, mesmo de forma remota. A escola foi para dentro da casa do/a professor/a. As nossas despesas aumentaram e as das escolas reduziram. Não podemos ficar sem reajuste salarial por mais um ano. Isso é injusto. Assim, na reunião de ontem, a categoria aprovou que o Sinpro faça acordos individuais com cada escola que tenha interesse. Aprovou também que o Sinpro faça o que for necessário para garantir os direitos dos/as professores/as. E já entramos novamente com o pedido de dissídio coletivo”, afirma Siomara Iatarola.

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