Em assembléia, realizada no dia 22/01, professores e funcionários do UNI-BH votaram por um indicativo de greve a partir de 2 de fevereiro. A decisão de paralisação poderá ser tomada na próxima assembléia, reunindo novamente as duas categorias, marcada para 30/01 (sexta-feira), às 18h, no auditório Ney Soares do UNI-BH, na rua Diamantina, 463, Lagoinha, caso a Fundação Cultural Belo Horizonte (Fundac), mantenedora da universidade, não regularize o pagamento dos salários em atraso.
Durante a assembléia, que teve a presença de representantes do Sinpro Minas, do SAAE-MG e da Aduni, a Comissão Fiscalizadora criada para acompanhar o fluxo de caixa do UNI-BH, por determinação da Superintendência Regional do Trabalho, apresentou um sombrio cenário da situação contábil da instituição. Um passivo trabalhista de R$ 9 milhões. A atribuição da comissão é verificar os dados para que 80% da receita fosse canalizado para o pagamento dos trabalhadores. Mas, na conta aberta destinada ao recebimento do percentual da receita nenhum valor foi depositado.
O faturamento da instituição já está comprometido com empréstimos bancários e, sem crédito, alegam não conseguir cumprir seus compromissos financeiros. A instituição está em débito com as folhas de dezembro, 13 º salário, férias e 1/3 constitucional. Também não recolhe FGTS, INSS, e imposto de renda. Segundo o técnico contábil que assessora a comissão, José Maria de Souza, a situação é grave e complicada, mas a Fundac possui um bom patrimônio e deve buscar soluções para sanar suas contas.
Os professores expuseram sua indignação e relataram que também passam por dificuldades para quitar seus compromissos financeiros pessoais. Eles disseram não terem condições de iniciar o semestre sem receber salário e esperam contar com o apoio dos alunos, caso tenham que paralisar as atividades.
O presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis, lembrou que o problema vivido pelos professores do UNI-BH não é isolado e que o ensino superior está passando por um ajuste após um período de grande expansão. Segundo ele, já foram feitas várias tentativas de negociação com a Fundac e como os acordos não são cumpridos há uma quebra de confiança que leva os professores a decidirem pelo direito de greve. “Não adianta buscar soluções fáceis para problemas complexos”, conclui.
Assembléia de professores e funcionários do UNI-BH.
Data: 30/01/2009
Horário: 18h
Local: UNI-BH – Auditório Ney Soares – Rua Diamantina, 463, Lagoinha
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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