Na manhã desta segunda-feira (16/02), houve paralisação das atividades acadêmicas nos três campi do Uni-BH em resposta à falta de transparência no processo de venda da instituição e ao não pagamento de salários atrasados. A adesão total à paralisação foi constatada no campus Diamantina (100%), parcial nos campus Estoril (50%) e Lourdes (20%). O Sinpro Minas considera essa mobilização uma vitória dos professores, e espera uma grande participação da categoria na assembleia das 16 horas de hoje (16/02), no Bristol Merit Hotel (Rua Tamóios, 341 – Centro – BH), para deliberar sobre os rumos do movimento. Após avaliar o cenário de falta de transparência que envolve a venda do Uni-BH, os professores decidiram, na assembleia da quarta (11/02), recusar a proposta apresentada pelo Grupo Ânima, que prevê, entre outras coisas, a quitação do salário de dezembro, das férias e do 13º salário em atraso, em três parcelas até maio.Nesse ínterim, chegou ao conhecimento do Sinpro a notícia de que, no final da tarde de sexta-feira (13/02), foi confirmada a venda do Uni-BH para o grupo Ânima com a aprovação do Ministério Público, com um repasse financeiro para a FUNDAC como compromisso da negociação. Caso essa transação se confirme, o sindicato exige transparência no processo para que esse dinheiro seja usado para o pagamento imediato dos salários atrasados dos professores.Educação não é mercadoriaSem receber os salários de novembro, dezembro, 13º, férias e 1/3 a que têm direito, os professores iniciaram o semestre sem nenhuma garantia de quitação do passivo trabalhista, que também inclui uma ação de cumprimento, tramitada em julgado, por atraso de pagamentos e resilições não pagas. Paralelo a isso, a assembleia de professores, acontecida no do dia 11 de fevereiro, deliberou pela cobrança de estabilidade dos professores e auxiliares pelo período de 1 ano, durante a transição de mantenedoras, além da garantia das bolsas sociais e estágios e manutenção dos programas de pesquisa e extensão.O Sinpro Minas acompanha, preocupado, o avanço do processo de mercantilização da educação no estado, que vem acontecendo principalmente por parte de grupos empresariais paulistas. Com o discurso da eficiência administrativa, esses grupos vêm adquirindo importantes instituições de ensino em Minas Gerais e adotando práticas administrativo-pedagógicas que retiram direitos trabalhistas, reduzem o corpo docente e precarizam as atividades-meio na maioria das escolas que incorporam.As decisões da assembleia dos professores do Uni-BH têm importante papel no debate sobre a mercantilização do ensino, o fortalecimento da luta pela qualidade do ensino e a garantia dos direitos adquiridos. A valorização do profissional docente é também a defesa da educação.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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