“Este ano não vai ser igual àquele que passou”. Como inspira a marchinha de carnaval, neste ano, precisamos fazer diferente, tornando ainda mais eficaz a mobilização da campanha reivindicatória pela valorização dos professores e da educação. Os professores fazem assembleia em todo o estado, neste sábado (6/3), para discutir os rumos da campanha, que pode culminar em greve se não houver avanços nas negociações com os sindicatos patronais. A participação de todos é fundamental (confira os locais e horários da assembleia).“Precisamos ir além da discussão sobre melhorias salariais. Queremos estabelecer um amplo debate sobre as condições de saúde, o assédio moral, a jornada extenuante de trabalho, o plano de carreira, além de outras questões que têm afetado os docentes”, destaca o presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis. No entanto, a postura dos sindicatos patronais tem sido a de emperrar as negociações, insistindo na retirada de direitos, sem se importar com as reivindicações que representam a melhoria das condições de trabalho. “Essa desvalorização afeta o projeto pedagógico e o sindicato vai fazer essa denúncia para os pais de alunos e para a sociedade que esperam mais das escolas particulares”, afirma Gilson Reis.
Ao contrário do ano passado, quando o discurso dos patrões era de crise, em 2010 as previsões são de crescimento econômico, inclusive com o anúncio de que os grandes grupos educacionais investem em novas aquisições e fusões. Neste ano, as mensalidades escolares também tiveram reajustes acima do índice que os professores reivindicam para corrigir os seus salários. Um levantamento feito pelo IBRE (Instituto Brasileiro de Economia), da Fundação Getulio Vargas, em sete capitais de Estados brasileiros, mostra que as mensalidades escolares tiveram um reajuste médio de 7%, e um aumento real de 2,93% acima da inflação. Se no último período, a saída para os impasses foi a Justiça do Trabalho, com a Emenda 45, que exige acordo entre as partes para o ajuizamento do dissídio coletivo, a solução não poderá ser a mesma. Não podemos permitir que a categoria fique sem um instrumento que garanta a manutenção das conquistas da convenção coletiva de trabalho. Tudo que temos é fruto de muita luta. A intransigência dos donos de escolas só pode ser revertida com mobilização e pressão para a retomada das negociações. >> Clique aqui e acesse a pauta de reivindicações >> Clique aqui e acesse o Intervalo Especial
Educação é um dos setores mais rentáveis da economia
O empresariado do setor educacional brasileiro não teve o que reclamar nos últimos anos. Somente no ensino superior, o número de instituições privadas cresceu 163% entre 1998 e 2008, um dos maiores ritmos de expansão da economia. Saltou de 764 para 2016 instituições. Entre 2002 e 2008, a quantidade de cursos dobrou, chegando a quase 18 mil. Os dados são do último censo realizado pelo Ministério da Educação (MEC).
Os números refletem a mercantilização da educação, um dos setores mais rentáveis da economia brasileira, com lucratividade comparável a empresas nacionais de grande porte, como a Gerdau e a Petrobras. Segundo dados divulgados pela revista Exame, estima-se que o ensino privado (da educação infantil à pós-graduação) movimente cerca de R$ 90 bilhões por ano, o equivalente a aproximadamente 3% do PIB. Em 2004, esse montante era de R$ 15 bilhões. Nunca, na história deste país, os empresários do setor lucraram tanto. Para este ano, as projeções são de continuidade do crescimento – acompanhando o aumento do PIB nacional –, inclusive com a expansão das aquisições de escolas por grandes grupos educacionais, como a Kroton, a Anhanguera e a Estácio de Sá. Agora, em plena campanha reivindicatória dos professores, os donos de escolas se recusam a fechar um acordo, alegando dificuldades financeiras. Essa situação tem gerado um estado de perplexidade e indignação entre os docentes. O mais grave é que as reivindicações, que não têm sido aceitas pelo patronal, se referem à melhoria das condições de trabalho, com repercussões significativas na qualidade do ensino. Na análise da diretoria do Sinpro Minas, esse cenário, de mercantilização da educação, é preocupante. Algumas medidas adotadas por empresários do setor têm levado a um quadro de desrespeito aos direitos da categoria, além da sobrecarga de trabalho. “A educação precisa ser vista pelo viés da valorização dos profissionais que nela trabalham, e não pela lógica mercantil”, frisou Gilson Reis, presidente do sindicato.
Assembleias de professores em todo o estado6 de março de 2010 • SábadoPauta: campanha reivindicatória 2010
SEDE | HORÁRIO | LOCAL |
Belo Horizonte | 10:00 | Sinpro Cerp – Rua Tupinambás, 179 – 14º andar Centro – BH |
Barbacena | 09:00 | Sede da OAB – Conselheiro Lafaiete (Praça Barão de Queluz – 30 – Centro) |
Cataguases | 08:00 | Rua Joaquim Peixoto Ramos, 92 – Centro – Cataguases |
Cel. Fabriciano | a confirmar | Rua Rio Branco, 136 – Bairro dos Professores – Coronel Fabriciano (a confirmar) |
Divinópolis | 09:00 | Auditório da SEMED – Rua Minas Gerais, 1474 – Centro – Divinópolis |
Gov. Valadares | 09:00 | Auditório da Escola Clóvis Salgado – Rua Barão do Rio Branco, 4 – Centro – Governador Valadares – ao lado do Fórum |
Janaúba | 09:00 | Rua José Teotônio, 556 – Esplanada – Janaúba |
Montes Claros | 09:00 | Rua Januária, 672 – Centro – Montes Claros |
Poços de Caldas | 17:00 | Rua Mato Grosso, 275 – Centro – Poços de Caldas |
Ponte Nova | 10:00 | Avenida Doutor Otávio Soares, 41 – salas 326/ 328 – Palmeiras – Ponte Nova |
Pouso Alegre | 09:00 | Rua Dom Assis, 241 – Centro – Pouso Alegre |
Uberaba | 10:00 | Rua Alfen Paixão, 105 – Mercês – Uberaba |
Uberlândia | 09:00 | Hotel Presidente – Praça Tubal Vilela, 192 – Centro – Uberlândia |
Varginha | 09:00 | Avenida Doutor Módena, 261- Vila Adelaide – Varginha |
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
plantaojuridico@sinprominas.org.br
RUA JAIME GOMES, 198 – FLORESTA – BELO HORIZONTE/MG – CEP 31015-240
(31) 3115.3000 | SINPROMINAS@SINPROMINAS.ORG.BR
COPYRIGHT © 2022 SINPRO MINAS – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.