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Professores voltam a recusar proposta patronal e decidem intensificar mobilização

14 de abril de 2012

Em assembleia neste sábado (14/4), professores de escolas particulares de Belo Horizonte e região metropolitana voltaram a recusar por unanimidade a proposta patronal (Sinep-MG) de reajuste de 7% e a defender a pauta de reivindicação da categoria.

Os docentes reivindicam reajuste salarial de 12%, regulamentação da educação a distância (EAD), equiparação dos pisos da educação infantil ao do ensino médio e medidas contra a violência no ambiente escolar.

A categoria também decidiu intensificar a mobilização ao longo desta semana, para preparar uma paralisação das atividades, caso não haja avanço nas negociações. Nova assembleia foi marcada para o próximo sábado (21/4), às 9 horas, no auditório do Sinpro Minas (Rua Jaime Gomes, 198 – Floresta – BH), para avaliar o rumo da campanha reivindicatória.

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“Nossa campanha reivindicatória vem ganhando força. Essa assembleia de hoje demonstra isso”, disse o presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis, após destacar que o momento é favorável para que os professores conquistem melhores salários e condições de trabalho.

“Temos visto uma forte expansão do setor privado de educação em todo o país, desde o ensino básico ao superior. Além disso, as mensalidades foram reajustadas acima da inflação. Aqui em Belo Horizonte, o aumento foi em torno de 12%”, afirmou (clique aqui e leia notícia sobre aumento das mensalidades). 

“Nossa reivindicação econômica era de 14%. Mas, na assembleia anterior, fizemos uma contraproposta de 12%, desde que discutíssemos itens pendentes da campanha do ano passado, como a regulamentação da educação a distância e a equiparação dos pisos da educação infantil. No entanto, os donos de escolas não demonstraram interesse em dialogar acerca desses pontos nem ofereceram reajuste maior que 7%, mantendo a postura intransigente nas negociações. É algo inaceitável diante da conjuntura atual”, criticou Gilson Reis, presidente do Sinpro Minas.

Ele lembrou que, no cenário macroeconômico, o Banco Central e o governo federal trabalham com uma projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 5%. “Ou seja, o país vai continuar a gerar empregos e a distribuir renda, movimentando o mercado interno. Há um processo virtuoso na economia que cria condições para avanços, de forma que não há razões para o patronal se recusar a atender nossas demandas”, ressaltou.

O presidente do Sinpro Minas também denunciou a tentativa dos donos de escolas de enfraquecer a mobilização, ao agendarem aulas ou reuniões no mesmo dia e horário da assembleia e ao impedirem, ao longo da semana, que diretores do sindicato entrem nas instituições de ensino para convocar a categoria. “Não permitiremos quaisquer manobras com o objetivo de nos desmobilizar e denunciaremos aquelas instituições que as praticarem. Mais uma vez, vamos mostrar que temos força e exigimos valorização e respeito à nossa dignidade”, afirmou. 

  • Clique aqui e confira momentos da campanha reivindicatória do ano passado.
  • Clique aqui e reveja imagens de greve e mobilização dos professores da rede privada de ensino.

Durante a assembleia, os docentes reafirmaram a importância da mobilização para garantir avanços. “Temos de ampliar o coro dos descontentes”, defendeu um professor. “Não estamos reivindicando nada absurdo. Há toda uma fundamentação em nossas demandas”, afirmou outro docente.  

“Nossa luta é muito maior. É pela qualidade do ensino, e a valorização dos professores é a base de uma educação de qualidade em nosso país. Infelizmente, essa não é a visão dos donos de escolas”, disse Marco Eliel Santos, diretor do Sinpro Minas.

O diretor do sindicato Newton Pereira de Souza comentou a notícia publicada na edição deste sábado do jornal Hoje em Dia sobre a violência no ambiente escolar. “Essa questão é algo muito preocupante no nosso trabalho”, disse, ao criticar a postura do patronal, que se recusa, desde o ano passado, a encaminhar medidas para combater a violência no interior das escolas. 

Nova reunião entre diretores do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro Minas) e representantes do patronal (Sinep/MG) está agendada para esta terça-feira (17/4).

“A assembleia de hoje foi uma prova de que a categoria vai repetir a mobilização dos anos anteriores e demonstrar mais uma vez para a sociedade que sem valorização profissional e respeito aos docentes não há espaço para uma educação de qualidade”, declarou o diretor do Sinpro Minas Aerton Silva.   

Mobilização para garantir avanços!

Assembleia da categoria

Data: Sábado – 21 de abril

Horário: 9 horas

Local: Auditório do Sinpro Minas (Rua Jaime Gomes, 198 – Floresta – BH)

Pauta: Campanha reivindicatória 2012

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