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Protesto massivo em São Paulo pede boicote ao governo de Israel

28 de julho de 2014

Entre quatro e cinco mil pessoas voltaram às
ruas de São Paulo, neste domingo (27), para protestar contra o massacre dos
palestinos e contra a contínua política opressiva de Israel. Neste que foi o
20º dia da atual ofensiva, o número de mortos pelos bombardeios israelenses
passava de mil. Diversos movimentos sociais e partidos manifestaram-se contra a
ocupação da Palestina e o genocídio do seu povo pelos sucessivos governos
sionistas de Israel, pedindo inclusive a ruptura de relações.Os milhares de manifestantes, que já haviam protestado também de forma massiva no sábado anterior (19), pediram ao governo brasileiro que rompa imediatamente relações comerciais, militares e até diplomáticas com Israel.Representantes dos vários
partidos e movimentos sociais fizeram discursos para condenar o sionismo,
ideologia racista e colonialista em que se fundou o Estado de Israel, em 1948,
com a promoção das potências imperialistas, no seio da Organização das Nações
Unidas (ONU). Como resultado, a história dos palestinos é preenchida por
massacres e por uma política genocida destinada a impossibilitar a
autodeterminação do povo e o estabelecimento do Estado da Palestina.

No atual episódio, em que uma
ofensiva repressiva contra a Cisjordânia, que já resulta em dezenas de mortes e
centenas de detenções arbitrárias, os bombardeios contra a Faixa de Gaza têm
sido realizados por ar, terra e mar pelas forças israelenses, que conformam um
dos exércitos mais tecnologicamente avançados do mundo, financiado diretamente
pelos Estados Unidos, com bilhões de dólares anuais.

Entre as mil vítimas fatais de 20
dias da “operação Margem Protetora”, cerca de 80% eram civis, de acordo com as
Nações Unidas, e mais de 200 eram crianças. A ofensiva tem destruído lares,
hospitais, escolas, mesquitas e até poços de água sob o pretexto de combater o
“terrorismo”, ou seja, a resistência armada contra a ocupação israelense.

Crimes de guerra e impunidade

Os milhares de manifestantes, que
já haviam protestado também de forma massiva no sábado anterior (19), pediram
ao governo brasileiro que rompa imediatamente relações comerciais, militares e
até diplomáticas com Israel, saudando o importante passo tomado durante a
semana passada pelo Itamaraty, que expressou condenação a mais um episódio de
violência brutal contra os palestinos.

Vários dos oradores rechaçaram
veementemente a resposta da chancelaria israelense e do porta-voz Yigal Palmer,
com ofensas ao Brasil, e pediram ao governo brasileiro que aprofunde as medidas
condenatórias da política sionista de ocupação e de repetidos massacres dos
palestinos.

Socorro Gomes, presidenta do
Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) e do
Conselho Mundial da Paz, também apelou pelo fim imediato da ocupação
israelense, que submete os palestinos às políticas opressivas e impede a sua
autodeterminação e libertação. Socorro enviou uma carta à presidenta Dilma
Rousseff na semana passada pedindo medidas mais concretas e saudando o
posicionamento do governo brasileiro.

Os protestos massivos têm se
proliferado por todo o mundo e inclusive em Israel para denunciar os crimes de
guerra e crimes contra a humanidade perpetrados repetidamente pelos sucessivos
governos sionistas, que contam com o apoio incondicional dos Estados Unidos e
das potências europeias. Também na semana passada o Conselho de Direitos
Humanos das Nações Unidas, do qual o Brasil é membro, aprovou uma resolução
para instituir uma comissão de investigação das denúncias. Apenas os EUA
votaram negativamente, enquanto vários países europeus abstiveram-se.

A medida de investigação já foi
tomada em 2009, após uma ofensiva de 22 dias contra a Faixa de Gaza que
resultou em mais de 1.400 mortes entre os palestinos (inclusive com o uso de
armas químicas, proibidas pelo direito internacional humanitário, como o
fósforo branco e o tungstênio), mas o relatório resultante, publicado em
setembro daquele ano, acabou engavetado.

A impunidade das autoridades
israelenses pelos repetidos crimes de guerra e contra a humanidade também
esteve nos discursos dos manifestantes, que exigiram o fim da ocupação
israelense sobre a Palestina. Veja na página do evento no Facebook a lista de
organizadores e entidades presentes no segundo ato unificado.

Por Moara Crivelente, da Redação do VermelhoAcesse o Vermelho.org

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