No dia 9 de abril, os/as professores/as de escolas do setor privado da região MG realizaram assembleia para avaliar a campanha reivindicatória 2016. A próxima assembleia acontecerá no dia 30 de abril, às 14 horas, no Sinpro Minas. Mesmo com a data-base sendo em 1º de abril, o patronal, até hoje, não apresentou uma contraproposta para as reivindicações da categoria. Na última reunião, ocorrida no dia 5 de abril, o Sinep/MG, sem informar qual será o índice, ainda sinalizou que poderá fazer uma proposta de parcelamento do reajuste, a ser pago em abril e outubro.
Parece que o clima golpista que assola o país – os constantes ataques à democracia e aos direitos trabalhistas – contaminou os integrantes do sindicato patronal, pois diante da crise mundial do capitalismo, eles querem transferir todo o ônus das perdas financeiras para os/as professores/as, uma vez que sequer sinalizam algum índice para reajuste salarial. Consideramos isso um golpe à dignidade dos/as trabalhadores/as.
O reajuste salarial que recompõe as perdas pela inflação é o patamar mínimo para se iniciar qualquer negociação, pois isso não significa aumento salarial de fato. É importante frisar que os reajustes das mensalidades escolares são fixados todos os anos acima da inflação – esse ano, a mensalidade aumentou em média 13%. Ou seja, o patronal sempre chama para si o bônus do contexto político e econômico e impõe aos/as trabalhadores/as o ônus dessa conta.
No contexto atual, de constantes ataques à democracia brasileira, vemos nossas instituições democráticas sendo duramente golpeadas por aqueles que se opõem aos direitos dos/as trabalhadores/as e querem a todo custo diminuí-los para garantir seus altos lucros. Deixar ruir as instituições democráticas brasileiras significa aceitar a precarização do mundo do trabalho, da Justiça do Trabalho e, fundamentalmente, da CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas. Não nos esqueçamos que a grande pauta desse Congresso Nacional é a terceirização desmedida e ilimitada, que põe por terra os direitos trabalhistas a duras penas conquistados, assim como toda e qualquer convenção coletiva assinada pelos sindicatos, com vistas à precarização do trabalho. A maioria dos juízes do Trabalho, assim como o Ministério Público do Trabalho, estão cientes dessa tremenda ameaça aos direitos trabalhistas e têm dado o alerta sobre as consequências graves e irreparáveis que essa pauta provocará à classe trabalhadora.
Diante desse cenário político e da situação da campanha reivindicatória explicitada pela comissão de negociação do Sinpro Minas, a assembleia reafirmou a pauta entregue ao patronal em novembro de 2015, onde consta a recomposição pelo INPC e aumento real, entre outros pontos que sequer foram discutidos. Os/as professores/as não aceitam negociar índices abaixo da inflação, muito menos qualquer proposta de parcelamento.
Todos/as os/as professores/as devem se mobilizar em defesa das bandeiras democráticas e fundamentalmente da nossa campanha reivindicatória, que, especialmente este ano, está ainda mais árdua. Contamos com a unidade e a consciência classista de todos/as!
Vamos à luta: em defesa da democracia, da garantia dos direitos dos/as trabalhadores/as e na campanha salarial que garanta a dignidade dos/as professores/as do setor privado do Estado de Minas Gerais!
Assembleia de Professores
30 de abril, às 14 horas
Local: Sinpro Minas – Rua Jaime Gomes, 198 – Floresta
Pauta: Campanha reivindicatória – Avaliação de paralisação das atividades docentes
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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