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Reajuste do mínimo abaixo da inflação acaba com política de valorização salarial

19 de janeiro de 2018

O salário mínimo de 2018 é o primeiro em quase 15 anos que foi reajustado abaixo do índice da inflação.
Dieese alerta que valor aplicado pelo governo Temer não recompõe poder de compra do brasileiro. 

Nota técnica divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese, mostra que o valor de R$ 954,00 do salário mínimo definido pelo governo não recompõe poder de compra do brasileiro.

No documento (nota técnica 188), o Dieese recomenda a revisão do reajuste de 1,81% do salário mínimo, já que a inflação de 2017, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, foi de 2,07%, e 48 milhões de brasileiros têm seus salários referenciados no salário mínimo.

Em seu estudo, o Dieese lembra que, em 2004, durante o governo Lula, as centrais sindicais, por meio de movimento unitário, lançaram campanha pela valorização do salário mínimo. Três marchas organizadas pelas centrais foram a Brasília pressionar o governo e chamar a atenção para a importância social e econômica dessa proposta.

Como resultado deste movimento, foi criada uma política permanente de valorização do salário mínimo, prevista para ser adotada até 2023. Adotou como critérios de reajuste o repasse da inflação e o aumento real pela variação do PIB (Produto Interno Bruto).

O documento destaca que esta sistemática, além de se mostrar eficiente na recuperação do valor do salário mínimo e ser reconhecida como um dos fatores mais importantes no aumento da renda da população mais pobre, marcou o sucesso de uma luta que promoveu o grande acordo salarial da história do país.

O Dieese enfatiza a necessidade de manter esta valorização do mínimo para o bem da população, da economia, e do país como um todo:

A valorização do salário mínimo induz a ampliação do mercado consumidor interno e, em consequência, fortalece a economia brasileira. A valorização dessa remuneração deve continuar, sobretudo porque o país segue profunda e resistentemente desigual. A desigualdade de renda se manifesta de modo explícito, tanto na comparação entre indivíduos e famílias, quanto entre o trabalho e o capital”.

Portal CTB com informações do Dieese.

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