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Rede pública e privada de ensino adere em todo o Brasil à Greve Geral

27 de abril de 2017

Do portal Vermelho

A Greve Geral na próxima sexta-feira (28) contará com a paralisação de diversas categorias em todo o país, entre elas os trabalhadores da rede pública e privada de ensino. Professores e membros de entidades atuantes na defesa da educação explicam ao Portal Vermelho a importância de se posicionar contra as Reformas Trabalhista e da Previdência propostas pelo Governo Temer.

Isis Tavares, presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) no Amazonas e diretora da Confederação dos Trabalhadores em Educação (CNTE) ressalta que o país vive um momento de intensa mobilização e engajamento por parte dos educadores. “A CNTE já no seu Congresso indicava essa paralisação, não somente na educação, mas com todos os trabalhadores e estudantes. Todos os nossos sindicados filiados, são mais de 50, juntamente com a Confederação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) e todos os Trabalhadores da rede privada estão aderindo a mobilização”

A diretora da CNTE afirma que a mobilização dos educadores está mais intensa e com maior adesão para o dia 28. “As entidades estão indo nas escolas, levando a pauta das centrais e das Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo contra a Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista, além da defesa da democracia, os trabalhadores começam agora a entender o que significa todo esse ataque”, avalia.

Escolas mandam comunicados aos pais: Sexta feira é dia de paralisação

Em diversas escolas públicas e privadas do país, o comunicado aos pais é o mesmo: Na próxima sexta-feira (28) não haverá aula devido à adesão da escola as paralisações da Greve Geral. Como foi o caso da creche Escola Parque, localizada em São Bernardo do Campo (SP). Em um comunicado enviado aos pais, a direção afirma que, “entre os princípios fundamentais do Parque Escola está a crença de que a educação deve refletir nossos valores democráticos, de liberdade, autonomia e responsabilidade perante o mundo. Além de nos juntar à mobilização de outras classes de trabalhadores. A Greve Geral está sendo convocada por oito centrais sindicais e a paralisação será nacional”.

Já no colégio “Sagrado Coração de Jesus” uma rede de escolas ligadas à igreja católica, o comunicado cita a importância da justiça e solidariedade, justificando a adesão na Greve Geral. Veja abaixo:

Já no colégio “Sagrado Coração de Jesus” uma rede de escolas ligadas à igreja católica, o comunicado cita a importância da justiça e solidariedade, justificando a adesão na Greve Geral. Veja abaixo: 

No Rio de Janeiro, o colégio Pró-Uni enviou esse comunicado aos pais: 

O Portal Vermelho conversou com alguns professores que irão parar nesta sexta, confira: 
“Aqui em Santarém, além da luta contra as reformas defendidas pelo governo federal, a mobilização de sexta levantará a bandeira contra o aumento da tarifa do transporte público para R$ 3,15. Esse valor é totalmente incompatível com a qualidade do serviço prestado pelas empresas de ônibus e com a renda da maioria da população da cidade que depende do transporte público”.
Ana Beatriz Reis é Professora de Direito do Programa de Ciências Econômicas e Desenvolvimento Regional da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)

“Não exite modernismo trabalhista, estão querendo violentar os nossos direitos trabalhistas, não existe cidadão que queira viver na mão de patrão, as pessoas querem continuar tendo o seguro desemprego,co valor integral e o direito as férias, a permanência da jornada semanal e diária,o 13 salario. Por isso eu paro dia 28!”
Erick Cesar- Educador social em São Paulo-SP

“O que está em jogo nesse dia 28 são direitos conquistados ao longo de um século de luta dos trabalhadores brasileiros, desde que foi realizada a primeira greve geral no Brasil. Está em jogo o direito humano de se aposentar. Nós professores temos a responsabilidade de contribuir na construção da cidadania da juventude brasileira e precisamos dar o exemplo de quem não aceita calado os ataques”.
Rodrigo Moreira, professor de história no município de Cariacica – ES

“O recado para o governo golpista está dado: se não pararem as reformas vamos parar o Brasil, esta é só uma amostra grátis do que pode vir se não respeitarem os trabalhadores e trabalhadoras que faz este país andar! Direito social não se mexe!”.
Pedro Peixe, professor de Biologia na Escola de Biologia da Escola Estadual de Ensino Médio de Amarantina, Ouro Preto-MG
“Não é possível ser profissional com atuação direta na contribuição da formação humana dos estudantes e não considerar o comprometimento do presente e do futuro da nossa cidadania neste grave momento histórico. Portanto, farei greve 28.04”.
Cristiane Machado, professora no departamento de políticas administração e sistemas educacionais na Faculdade de Educação da Unicamp, Campinas-SP
“Aderi a paralisação na próxima sexta-feira, pois estamos vendo um dos maiores ataques aos nossos direitos desde a redemocratização”.
Maurício Rossi é professor de sociologia no colégio Charles Chaplin, Duque de Caxias, Rio de Janeiro.
“Eu participo da paralisação por repudiar esse projeto que está em curso no nosso país, de ofensiva contra todos os direitos conquistados com muita luta! E por acreditar que para eu ensinar meus alunos a mudarem as suas realidades, eu preciso começar lutando para mudar a sociedade que vivemos!”.
Gabriela Venancio é pedagoda em Saquarema (RJ), no ciclo de alfabetização na Escola Orgé Ferreira dos Santos e no Centro social Madre Maria das Neves.

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