O maior evento científico do país acontece até sábado (22/07), no campus Pampulha da UFMG, em BH. A 69ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que voltou a ser realizada na universidade depois de 20 anos, tem como tema “Inovação, Diversidade, Transformações” .
Professores do setor privado de ensino e diretores do Sinpro Minas participam do evento. O Programa Extra-Classe, produzido pelo Sinpro Minas e transmitido pela Rede Minas de Televisão, está cobrindo o evento e vai apresentar um olhar sobre a SBPC e sobre temáticas como educação e ciência no sábado, 29 de julho, às 10 horas da manhã.
Na tarde desta quinta (20/07), acontece a mesa O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO E A RETOMADA DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL, na Escola de Engenharia, com a participação do presidente de honra da SBPC, Ennio Candotti, da deputada federal Jô Moraes, e do presidente da Fundação Maurício Grabois, Renato Rabelo.
Nesta sexta, 21/07, às 15h30, acontecerá a mesa ESCOLA SEM PENSAMENTO CRÍTICO, É ISTO O QUE QUEREMOS PARA O FUTURO?, com a participação de Helena Bonciani Nader (SBPC/UNIFESP), Daniel Cara (CNDE), Jaqueline Moll (UFRGS) e Ana Julia Pires Ribeiro (Movimento de Ocupação das Escolas), no CAD 2 – Auditório A 102.
O evento que começou no dia 16, reúne cerca de 10 mil pessoas por dia, que participam de mais de 240 atividades no campus. Ética na ciência, financiamento da pesquisa, redução das desigualdades e temas contemplados em programações específicas, como a SBPC Afro e Indígena, a SBPC Cultura, a SBPC Inovação e a SBPC Jovem, estão entre os destaques da programação.
A programação completa da SBPC está disponível em: http://ra.sbpcnet.org.br/belohorizonte/
E as principais notícias estão em: https://www.ufmg.br/sbpcnaufmg/
Participantes pedem Diretas Já
A abertura da 69ª Reunião Anual da SBPC, na UFMG, no dia 16, teve gritos de Fora Temer e Diretas Já por parte da plateia. Alguns/mas dos/as mais renomados/as cientistas brasileiros denunciaram o projeto Escola Sem Partido e o Criacionismo, ambos anticientíficos e antidemocráticos, como também denunciaram o absurdo corte feito pelo desgoverno Temer de 44% para a Ciência, o que basicamente inviabiliza o desenvolvimento de pesquisas e projetos importantíssimos para o país e demonstram o descaso deste desgoverno ilegítimo para com a Educação, a Ciência, a Tecnologia, relegando ao país o papel de subordinação nestas áreas.
“Sabemos que, ao mesmo tempo que foram feitos estes cortes absurdos, houve também um aumento gigantesco do dinheiro entregue aos banqueiros e da corrupção desenfreada para comprar os votos favoráveis dos parlamentares, tanto para a permanência de Temer no poder, quanto para o ataque aos direitos trabalhistas e previdenciários”, afirmou o diretor do Sinpro, Aerton Silva, presente no evento.
A atual presidenta da SBPC, Helena Nader, emocionada, relembrou da luta desta renomada instituição contra a Ditatura Militar e questionou que tempos obscurantistas são estes que vivemos no país agora.
Saída para a crise pode estar na ciência
Pesquisadores reunidos na mesa-redonda Os impactos da ciência na sociedade condenaram os cortes de R$ 2,2 bilhões no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTI) anunciados pelo governo federal em março. O debate realizado nesta terça-feira, 18, integr o 5º Salão Nacional de Divulgação Científica da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), evento paralelo à 69ª Reunião Anual da SBPC.
O diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Paulo Sérgio Lacerda Beirão, afirmou que os cortes repetem um erro cometido pelo governo brasileiro em 1998. Beirão destacou que os investimentos contribuem para o aumento da qualidade de vida da população e citou o caso da Coreia do Sul, que passou de país pobre para potência mundial após destinar recursos para a área.
Também participaram do encontro a presidente do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), Maria Zaíra Turchi, e o atual vice-presidente da SBPC, Ildeu de Castro Moreira, que assume a presidência da entidade na noite desta quinta-feira, dia 20. A mediação foi de Tamara Naiz da Silva, presidente da ANPG.
Tesourômetro’ denuncia cortes de recursos para a pesquisa
A cada hora, o setor de ciência e tecnologia (C&T) brasileiro perde cerca de R$ 500 mil em investimentos federais. Essa é a estimativa da Conhecimentos Sem Cortes, iniciativa que reúne pesquisadores, estudantes e professores de universidades federais e institutos de pesquisa contra os cortes no orçamento do setor.
O grupo inaugurou na tarde desta terça-feira, 18, durante o encontro As universidades e os professores diante da crise brasileira, o tesourômetro, um contador digital que prevê, em tempo real, o montante que o governo federal deixa de investir em ciência e tecnologia.
Reforma do Ensino Médio é criticada por especialistas
Atualmente, o estudante do Ensino Médio encara 13 matérias fixas em 25 horas de aula por semana. Com a reforma anunciada pelo Ministério da Educação, as escolas devem se organizar para que cada aluno escolha um conjunto de matérias para estudar. As mudanças nessa etapa de ensino foram debatidas na terça-feira, 18, na mesa-redonda A Reforma do Ensino Médio, na programação da 69ª Reunião Anual da SBPC.
Para o professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Antonio Cunha, a reforma não tem cabimento e dificilmente sairá do papel. José Fernandes de Lima, professor de Física da Universidade Federal de Sergipe (UFS), acredita que a formação dos estudantes pode ficar comprometida. Já na avaliação do professor Isaac Roitman, da Universidade de Brasília (UNB), o Brasil precisa de uma reforma educacional muito mais profunda que não englobe apenas o Ensino Médio.
A reforma do Ensino Médio foi sancionada em fevereiro pelo presidente Michel Temer e aguarda definição e homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para sair do papel.
Diminui abismo que separa ricos e pobres no Brasil
Entre 2001 e 2015, os 10% mais pobres da população brasileira registraram crescimento econômico quatro vezes maior do que os 10% mais ricos. O dado foi apresentado na tarde desta quarta, 19, na 69ª Reunião Anual da SBPC, durante a sessão especial Challenging Inequalities: Pathways to a Just World. Ricardo Paes de Barros, professor do Insper, considerado referência no estudo sobre desigualdade de renda, ressaltou que a diminuição no abismo que divide ricos e pobres se estendeu a outras esferas, para além da econômica.
Durante o evento, os participantes lançaram um relatório em que são analisadas sete dimensões da desigualdade – econômica, política, ambiental, espacial, cultural, de conhecimento e de gênero e as pesquisas desenvolvidas sobre os temas. O trabalho mostra que oito em cada 10 artigos produzidos sobre esses assuntos são de países da América do Norte e Europa Ocidental. A publicação está disponível no site do International Social Science Council.
Com informações de Portal UFMG – SBPC
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