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© UNICEF/BRZ/Ratão Diniz |
O Brasil tem 6 milhões de
adolescentes sem acesso à internet. O número corresponde a 30% dos
brasileiros entre 12 e 17 anos. Entre as meninas e meninos que vivem nas
zonas rurais, a taxa de exclusão é ainda maior: chega a 52% dos
indivíduos nessa faixa etária. A renda familiar também tem impacto no
acesso. Entre os adolescentes de famílias com renda familiar de até um
salário mínimo mensal, a taxa de exclusão é de 52%. A escolaridade é
outro filtro de acesso à rede. O índice de exclusão entre os jovens que
estudaram somente até o quinto ano é de 56%.
Os dados constam de pesquisa nacional coordenada pelo UNICEF
que contou com o apoio do Google. A pesquisa servirá de base para uma
campanha do UNICEF voltada para adolescentes sobre o uso seguro da
internet.
Foram entrevistados pelo Ibope Inteligência 2.002
adolescentes entre 12 a 17 anos em 150 municípios em todas as cinco
regiões geográficas brasileiras. Com isso, foi assegurada uma amostra
representativa para identificar a diversidade de situações, seja pelo
local de moradia (urbano/rural ou região geográfica do país), situação
de renda, gênero, raça/cor ou escolaridade.
Para o coordenador do Programa Cidadania dos Adolescentes do
UNICEF no Brasil, Mário Volpi, “a pesquisa confirma que as desigualdades
sociais se refletem também no acesso à internet, uma vez que os
adolescentes mais pobres e com menos escolaridade são os mais excluídos
na internet”.
O estudo mostra também que, enquanto os adolescentes das
famílias de maior renda têm acesso à internet em suas casas, os de menor
renda precisam pagar para estar conectados. Escolas e centros públicos
gratuitos ainda não representam uma alternativa de acesso, já que menos
de 10% dos adolescentes que usam a internet citam esses espaços com uma
opção.
Em relação ao uso seguro da tecnologia, um total de 48% dos
meninos e 31% das meninas já encontrou pessoalmente alguém que só havia
conhecido pela internet. O compartilhamento de informações pessoais, a
exposição de situações de seu cotidiano, fotos e a permissão de acesso
livre a qualquer pessoa aos seus dados são fatores que tornam o
adolescente vulnerável às pessoas que queiram manipular essas
informações para constrangê-los ou assediá-los.
A pesquisa mostra que os adolescentes se sentem mais
discriminados na vida real do que na internet. Enquanto 14% dos
adolescentes revelaram já ter sofrido algum tipo de discriminação na
vida real, quando perguntados se já haviam sofrido algum tipo de
discriminação na internet, o percentual foi de 6%. Entretanto, quando
perguntados se já presenciaram situações de discriminação ou assédio de
outras pessoas na internet, 14% disseram ter visto alguém sendo abordado
insistentemente por pessoa desconhecida; 10% informaram ter visto
alguém ser abordado com conteúdo sexual ou pornográfico.
Do total, 27% dos entrevistados revelaram ter visto pessoas
sendo discriminadas por causa de sua raça/cor e 22% disseram ter visto
alguém ser desrespeitado por gostar de alguém do mesmo sexo.
Para os adolescentes brasileiros, a internet é uma grande
biblioteca, um lugar para fazer amizades, um caminho para o avanço
profissional e um local que possibilita contato com outros povos. Quanto
ao apoio dos pais ou responsáveis para o uso seguro da internet, 54%
dos entrevistados afirmaram contar com algum acompanhamento desses
adultos e 46% afirmaram não ter ninguém acompanhando o que fazem na
internet.
Acesse a pesquisa na íntegra em nossa biblioteca virtual.
Fonte: Unicef
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