O povo brasileiro. Esse é o tema da X Semana de Ciências Sociais, que o Centro Acadêmico de Ciências Sociais (Cacs) realiza de segunda a sexta-feira da próxima semana, no auditório Sônia Viegas, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich). De acordo com os organizadores, o objetivo da Semana é conhecer as diversas realidades existentes, entender melhor o que há de particular nas Ciências Sociais brasileiras e analisar as possibilidades oferecidas pelas disciplinas desse campo para a compreensão do povo.
As inscrições podem ser feitas presencialmente na sala do Centro Acadêmico de Ciências Sociais (CACS), sala F 3086, no 3º andar, ou, antes do evento, na entrada do auditório Sônia Viegas, no 1º andar. A taxa de registro é de R$5. Para assistir as palestras, não é necessário cadastro nem pagamento de taxa – indispensáveis apenas para aqueles interessados em receber kit do evento e certificado de participação.
Outras informações pelo email gestao@cacs.org.br ou pelo telefone (31)3441-4603.
Confira a programação:Mesa 1 – Abertura – A Formação do Povo Brasileiro (21/05 – 9:30 às 11:30)Ementa: A proposta dessa mesa consiste em elucidar e discutir os processos de formação do povo brasileiro e sua constituição enquanto nação, abrangendo as contribuições dos diferentes povos e culturas que aqui se estabeleceram e seus respectivos contextos. Além disso, pretende-se problematizar a noção de um só povo brasileiro mestiço e as relações desiguais de poder que estão imbricadas nessa noção. Convidados: – Prof. Dr. André Prous (FAFICH/UFMG) – Profa. Dra. Cristina Bezerra (UFJF)
Mesa 2 – Ciências Sociais à Brasileira (21/05 – 13:30 às 15:30) Ementa: Nesta mesa se discutirá a história das Ciências Sociais no Brasil a partir de três eixos – a institucionalização das Ciências Sociais no Brasil; a busca pela compreensão do que caracteriza o povo brasileiro; e os desdobramentos contemporâneos a partir de um panorama dos estudos das gerações atuais. Será traçado um breve histórico da Sociologia, da Antropologia e da Política brasileiras no que se refere tanto a questões institucionais quanto políticas e teóricas, passando por contextos, autores e questões da sua história que nos trouxeram ao lugar que estas áreas ocupam nos dias de hoje. Por último, serão discutidas duas questões fundamentais: os desafios das Ciências Sociais no Brasil e a existência ou não das Ciências Sociais “à brasileira”. Convidados: – Prof. Dr. Simon Schwartzman (IETS e Academia Brasileira de Ciências) – Profa. Dra. Vera Alice (FAFICH/UFMG)
Mesa 3 – Desafios para a construção de uma democracia multicultural e pluriétnica: O caso do Brasil em perspectiva comparada (22/05 – 9:30 às 11:30) Ementa: A proposta dessa mesa é discutir sobre os atuais desafios e caminhos para a construção de uma democracia multicultural e pluriétnica no Brasil, que considere a diversidade cultural do país e garanta ao seu(s) povo(s) o direito à diferença. Nesse sentido, pretende-se também comparar a atual situação do Brasil em relação a outros países da América Latina, como a Bolívia e o Equador, no que tange as medidas tomadas para a construção de um Estado Plurinacional, perpassando pelas diferenças e possíveis semelhanças nos caminhos a serem percorridos pelo Brasil na busca de um estado diversamente justo. Convidados: – Professor Antônio Mitre (FAFICH/UFMG) – Professora Lilian Gomes (Observatório da Justiça Brasileira / UFMG) – César Baldi (Doutorando Universidad Pablo Olavide – Espanha/ TRF 4ª Região)
Mesa 4 – O povo organizado: Os Movimentos Sociais no Brasil (22/05 – 13:30 às 15:30) Ementa: Esta mesa tem como objetivo fazer uma melhor caracterização conceitual da categoria de Movimentos Sociais, assim como o próprio desenvolvimento deste conceito ao longo dos tempos. Para tanto, objetivando dialogar a teoria com a realidade, também se faz necessário uma breve elucidação e análise histórica da atuação destes movimentos no Brasil, em especial desde a redemocratização até os dias de hoje. Também será um intento da mesa traçar alguns elementos possíveis das perspectivas de atuação do povo organizado para os próximos períodos. Convidados: – Prof. Dr. José Jonas Duarte da Costa (História – UFPB) – Ricardo Gebrim (Sindicato dos Advogados de São Paulo)
Mesa 5 – Conflitos entre as igrejas neo pentecostais e as religiões afro-brasileiras (23/05 – 9:30 às 11:30) Ementa: A presente mesa tem como objetivo abordar o desenvolvimento das igrejas evangélicas (de cunho pentecostal) no Brasil e suas posteriores ramificações neo pentecostais, seus conflitos com os cultos de origem afro-brasileira, apropriação de elementos dos rituais do candomblé, da umbanda e do kardecismo por estas igrejas, demonização do panteão de matriz afro-brasileira e as implicações deste conflito no cenário religioso brasileiro e na sociedade de uma forma mais ampla.
Para tal discussão é necessária uma breve contextualização da formação do movimento pentecostal e neo pentecostal no cenário religioso brasileiro, bem como as características dessas denominações evangélicas e suas estratégias de “ataque” às religiões afro-brasileiras. Sua crescente inserção em canais de Televisão aberta e no rádio com sua programação religiosa e pros-elitista.
Também se faz necessária uma reflexão sobre o papel do cientista social como pesquisador e, possível mediador deste conflito. Convidados: – Ricardo Mariano (PUC-RS) – Edgar Barbosa Neto (UFMG)
Mesa 6 – A questão do negro na sociedade brasileira: dos quilombolas de ontem e hoje às favelas (23/05 – 13:30 às 15:30) Ementa: Esta mesa pretende fazer um pequeno resgate referente à escravidão no Brasil, debater sobre sua herança histórica nos diversos âmbitos da sociedade brasileira e suas implicações na atualidade. Mais especificamente, como temáticas atuais, propõe trazer a questão quilombola – forma de resistência negra no passado e no presente- e suas problemáticas e as favelas, lugar geográfico historicamente destinado á população negra. Convidados: – Carlos Eduardo Marques (doutorando UNICAMP) – Prof. Dr. Carlos Magno (FAFICH/UFMG)
Mesa 7 – A presença indígena na universidade: Indigenismo e Desafios para a construção de uma academia plural (24/05 9:30 às 11:30) Ementa: Há hoje uma demanda crescente por parte dos povos indígenas ao acesso a uma formação superior, na tentativa capacitar profissionais indígenas graduados nos saberes científicos. Tendo em vista a abertura das universidades aos estudantes indígenas, a problemática a ser debatida na mesa passa por questões relacionadas às dificuldades do acesso e da permanência desses estudantes como também ressaltar os principais aspectos de cotas étnicas e da especificidade dos povos indígenas. Levantando assim questionamentos sobre a maneira que o ensino superior está estruturado do Brasil e das consequentes dificuldades de propiciar o cruzamento entre conhecimentos tradicionais e saberes científicos. Convidados: – Prof. Dr. Antônio Carlos Souza Lima (UFRJ) – Profa. Maria Inês Almeida (FALE/UFMG) – Antonio Fernandes de Jesus Vieira (CONJUVE- representante indígena)
Mesa 8 – Debates entre gênero e feminismo no Brasil: academia e(em) movimento (24/05 – 13:30 às 15:30) Ementa: Esta mesa discutirá o surgimento e desenvolvimento do feminismo no Brasil e seu vinculo e impacto mútuo com a insurgência e consolidação dos estudos de gênero e sexualidade em nosso país. Através de um resgate histórico se apresentará um panorama dos contextos social e político, onde buscaremos traçar como se deram as relações entre militância e academia. Serão assuntos centrais, entre outros, a institucionalização dos estudos de gênero no Brasil, os desafios da participação das mulheres nas Ciências Sociais brasileiras, os conflitos entre academia e movimentos sociais e a possibilidade de se constituir uma academia militante. Convidados: – Profa. Dra. Ana Alice Alcântara Costa (UFBA) – Nalu Faria (Sempreviva Organização Feminista- SOF)
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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