As experiências positivas de Comunicação do Sinpro Minas e de outros sindicatos filiados à Contee foram apresentadas no Seminário de Comunicação da entidade, realizado nos dias 28 e 29 de maio, em São Paulo. Com o tema “A democratização dos meios de Comunicação e o movimento sinidical”, o evento reuniu especialistas como o professor Venicio A. Lima (UnB), Renato Rovai (editor da Revista Fórum), Plinio Teodoro (Revista Caros Amigos), Luiz Carlos Azenha (Blog “Vi o Mundo”), Altamiro Borges (Revista Princípios), Sérgio Amadeu (Movimento Internet Livre), José Carlos Torves(Fenaj), Vito Giannotti (Núcleo Piratininga), João Brant (Coletivo Intervozes) e Forestan Fernandes Jr. (TV Brasil).
A realização da primeira Conferência Nacional de Comunicação, que acontece este ano, dominou o debate entre os palestrantes e a plateia formada por dirigentes dos sindicatos de professores e auxiliares de administração de várias partes do país e de jornalistas dessas entidades. Diante da lista de nomes escolhidos pelo governo para integrar a comissão organizadora da Conferência, a expectativa de que ela represente um avanço para a democratização dos meios de comunicação é baixa. Na Comissão, a maioria são pessoas ligadas aos interesses da grande mídia, o que traz um enorme desafio para os movimentos sociais implantarem uma agenda democrática para as comunicações no país. “É um pecado se iludir, mas é um crime se omitir”, disse o jornalista Altamiro Borges sobre a Conferência, convidando a todos para entrarem nesse debate.
O professor e sociólogo Venício Lima levantou questões sobre os abusos que ocorrem na legislação da comunicação, como o fato de um mesmo grupo poder controlar vários tipos de mídias ao mesmo tempo. “O Brasil não impede políticos de serem donos de rádios e TV´s, sendo eles os mesmos que votam as outorgas de concessão”, denuncia. Para ele, estamos vivendo a sociedade o espetáculo, onde tudo vira mercadoria.
Nas discussões sobre o papel da mídia na atualidade, o jornalista Renato Rovai, editor da Revista Fórum, afirmou ser esse o melhor momento da nossa história com o arejamento e possibilidades de comunicação trazidas pelas novas tecnologias. “As pessoas querem comentar e serem ouvidas. O leitor não pode ser só um recebedor. O problema agora não é ter espaço, e sim audiência”, afirma. Para Rovai, o desafio do debate da comunicação é mais importante que o da reforma agrária, pois se esta for feita sem um processo de democratização da comunicação, ela não vai se efetivar.
O Seminário também proporcionou aos participantes discutir as novas possíbilidades de comunicação a partir dos instrumentos disponíveis na internet. Foram relatados exemplos de assembleias pela rede e do caso de um sindicato de bancários que organizou uma greve numa agência através do Skip (comunicação de voz pela rede). Os dados mostram que há mais 65 milhoes de usuários de internet, cerca e 30% da população brasileira.
O professor Sérgio Amadeu da Silveira, representante do movimento Internet livre, lembra que as redes estumulam a participação e a queda do custo para se tornar falante facilita a liberdade de expressão. Amadeu condena o projeto de lei sobre crimes de informatica, relatado pelo Senador Eduardo Azeredo (PSDB). “O PLC84/99 pode levar à criminalização potencial dos usuários por tarefas corriqueiras que hoje feitas por milhares de pessoas”, denuncia o professor. Segundo ele, sem a construção de um marco legal sobre os direitos dos cidadãos no mundo digital, não dá para aceitar a aprovação de uma lei que defina o que deve ser criminalizado.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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