O Sinpro Minas repudia a ação repressora e violenta da Polícia Militar de Minas Gerais, ocorrida na noite da última quinta-feira (3/4), no Instituto de Geociências (IGC) da UFMG, localizado no campus Pampulha, em Belo Horizonte.
A ação dos cerca de 50 policiais – que teriam sido acionados para impedir a exibição, no IGC, de um documentário da revista Superinteressante sobre o consumo de maconha – se caracterizou pelo uso excessivo da força e pelo abuso de autoridade, resultando na prisão de um aluno, por suposto desacato a autoridade, e na agressão a vários outros. A estudante de medicina Débora Gomes de Melo ficou ferida, com um corte na cabeça, após o confronto com os policiais.
Em nota à comunidade acadêmica, a Reitoria também repudiou a atuação da polícia. A invasão do campus foi um ato de desrespeito à autonomia universitária, ao debate de idéias e à democracia. Conforme destacou a Reitoria, não houve, em momento algum, ameaça à integridade física das pessoas nem ao patrimônio público, o que não justificaria a presença da PM no campus.
Ao agir de forma truculenta, impedindo a realização de uma atividade com fins intelectuais – havia, inclusive, professores durante a exibição –, a polícia promoveu um ato injustificável de agressão à liberdade de expressão, mais parecido com uma operação de guerra e que remonta ao período da ditadura militar.
Por estar ciente de que situações semelhantes de repressão ocorrem também com outros movimentos sociais, e não apenas com o estudantil, o Sinpro Minas entende que o repúdio a tal ato deve ser externado não apenas pelos membros da comunidade acadêmica da UFMG, mas sim por todos aqueles que, vivendo em uma sociedade democrática, buscam a solução pacífica dos conflitos e desentendimentos e desejam que a universidade não se transforme em um local cerceado por botas, armas e fardas.
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O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
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