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Sinpro Minas cria disque-denúncia

1 de fevereiro de 2011

0800 começa a funcionar nesta terça-feira (1o/2) e vai cadastrar os casos de violência nas escolas

Em busca de soluções para o problema da violência nas escolas, o Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro Minas) lançou, nessa terça-feira (1º de fevereiro), um disque-denúncia gratuito (0800 770 3035) para atender os professores que sofreram ou presenciaram algum tipo de violência (agressões físicas, verbais, dano a patrimônios, assédio moral ou sexual, entre outros) dentro de escolas particulares. A ferramenta vai funcionar das 9h às 13h e das 14h às 18h, de segunda a sexta-feira.

 

 

O objetivo é reunir as denúncias para que, posteriormente, possam subsidiar ações pela paz nas instituições de ensino. O sindicato ressalta que a identidade e os dados dos professores serão mantidos em absoluto sigilo.

O sistema também está disponível no portal do Sinpro Minas. Para fazer a denúncia pela internet, basta  preencher um formulário (clique aqui para acessá-lo).
 
As informações sobre casos de agressões a professores também podem ser encaminhadas ao endereço eletrônico paznasescolas@sinprominas.org.br (com nome, email, telefone, escola e relato da situação).
 
“É muito importante que o professor denuncie qualquer tipo de violência para que possamos romper com o silêncio e criarmos uma cultura de paz no interior das escolas”, destaca Gilson Reis, presidente do Sinpro Minas.

Campanha pela paz

Diante do agravamento das situações de violência, o Sinpro Minas e outros sindicatos, associações e organizações da sociedade civil de Minas Gerais iniciaram um debate para a elaboração de uma campanha pela paz nas escolas.

 

A criação do disque-denúncia faz parte das ações que a diretoria do sindicato tem encaminhado em torno do assunto. Em dezembro, o Sinpro enviou ofícios ao Ministério Público do Trabalho (MPT), ao Conselho Estadual de Educação e à Comissão de Educação da Assembleia Legislativa (ALMG), solicitando a realização de reuniões para discutir o tema. 

Em resposta à iniciativa do sindicato, o MPT decidiu realizar, em parceria com o Sinpro Minas, audiências em todo o estado. A primeira está prevista para ocorrer neste mês de fevereiro. O órgão também poderá enviar uma carta às escolas privadas com recomendações sobre formas de agir para combater a violência no ambiente escolar.

 

Já o Conselho Estadual de Educação e a Comissão de Educação da Assembleia não deram retorno, até o momento, sobre o pedido para agendar uma reunião e uma audiência pública, ambas em caráter de urgência.

 

“Esse silêncio nos preocupa, uma vez que se trata de dois órgãos importantes que deveriam estar bem envolvidos nessa discussão. Vamos continuar fazendo esforços nesse sentido, inclusive reenviando o ofício para solicitar a realização de uma reunião no Conselho e de uma audiência pública na Assembleia”, disse Gilson Reis, presidente do Sinpro Minas. 

 

Dados

A pesquisa Rede particular de ensino: vida de professor e violência na escola, realizada pelo Sinpro Minas em parceria com a Puc Minas, em 2009, mostrou que mais da metade dos entrevistados (62%) disse ter presenciado a agressão verbal. O estudo aponta que 39% dos professores relataram ter visto situações de intimidação, e 35%, de ameaça. Além disso, 14% dos entrevistados já presenciaram furto, e 10%, roubo.

 

Os dados revelam ainda que 91% dos professores entrevistados consideram como violência o desrespeito à sua autonomia no exercício da docência, sendo que 52% vivenciaram situações dessa natureza.

 

Para acessar todos os dados da pesquisa clique aqui 

Atualizado em 4/2

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